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Federação Nacional dos Bancos apresenta nova proposta de negociação

qua, 21 de outubro de 2015 08:34

Da Redação

Após 15 dias de greve, esse o primeiro encontro de negociações

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e os representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) estiveram reunidos nessa terça-feira, 20, em São Paulo, para apresentação de novas propostas de reajuste salarial da classe.

Agências bancárias continuam em greve, oferecendo apenas atendimentos emergenciais

Agências bancárias continuam em greve, oferecendo apenas atendimentos emergenciais

 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Araguari, Antônio Gomes Faim, até o final da tarde, a classe ainda não havia sido comunicada sobre o resultado das negociações. “Tenho ótima expectativa e espero que essa questão seja solucionada em breve. Após as negociações, ainda será promovida uma assembleia entre a categoria, para definir se a proposta será aceita”.

Esse é o primeiro encontro de negociações, após 15 dias de greve. Até segunda-feira, 19, mais de 12 mil agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e Distrito Federal. Segundo informações do Banco Central, são mais de 22.500 agências instaladas em todo o país.

Durante as primeiras negociações, os bancários solicitaram o reajuste salarial de 16%, sendo a reposição da inflação, mais aumento real de 5,6%, com piso salarial de R$ 3.299,66, além da Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82, vale-refeição e vale-alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 788). A categoria solicitou também pagamento para graduação e pós, além de melhores condições de trabalho e segurança.

A primeira proposta apresentada pela Fenaban, antes da greve, foi de um reajuste de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23, e abono de R$ 2,5 mil. Foi proposto também a PRL pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16), auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87,auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.

Enquanto as agências permanecem em greve, os clientes podem realizar saques, transferências e outras operações através de caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios e outros estabelecimentos credenciados.

Em Araguari, desde a primeira semana de greve, a adesão ao movimento foi de aproximadamente 90% da classe. As agências bancárias estão com o quadro de funcionários reduzido, fazendo apenas alguns atendimentos emergenciais e comerciais.

A agência do Mercantil tem os caixas de autoatendimento funcionando e os pagamentos de INSS e aposentadorias podem ser sacados normalmente. As agências do HSBC, Itaú, Santander e Bradesco também oferecem o autoatendimento nos caixas eletrônicos, área comercial e atendimentos de emergência.

O Banco do Brasil está realizando alguns atendimentos dentro da agência, com um número reduzido de funcionários. Os clientes tem a opção de fazer operações no correspondente bancário, localizado em frente ao banco, ou nos Correios. Os clientes da Caixa Econômica Federal podem recorrer às Casas Lotéricas para procedimentos como depósitos e saques de até R$ 1.500, pagamento de boletos da caixa de até R$ 2.000 e pagamento de boletos de outros bancos até R$ 700. As lotéricas também realizam o pagamento de benefícios, como aposentadoria, independentemente do valor.

Em relação aos pagamentos de faturas, boletos bancários e outras cobranças, é necessário que os consumidores entrem em contato com as empresas e peçam orientações em relação às formas e locais de pagamento (como internet, a sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento em caixas eletrônicos, dentre outros), para evitar a cobrança de encargos (juros e multas) e não ter o nome enviado aos serviços de proteção ao crédito.

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