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Coluna: Direito e Justiça (14/07)

qui, 14 de julho de 2022 10:14

Direito e Justiça:

Pinga – Fogo:

Bola Cheia:
– Vai para a rádio Onda Viva AM 1490, que deu a volta por cima e voltou com toda a força para preencher os horários do dia, tornando-se a campeã de audiência. Motivos:
Programas conduzidos por uma equipe de apresentadores de primeiríssima qualidade. Edvar Alves (músicas sertanejas), Amir Camargo (notícias policiais), Rogério Muniz (notícia se variedades), Sílvio Vieira e Paulo Bouças (opiniões e comentários), Valmir Brasileiro (notícias e variedades).

Bola Murcha:
– Vai para a falta de bairrismo e de apreço de uma grande parte dos araguarinos, que se calam e que se omitem ante as críticas injustas que nos fazem gente que não conhecem, que não gostam ou que invejam Araguari. Motivos: como acabou de ser visto em recente pesquisa nacional, Araguari é, sim, uma das melhores cidades de porte médio não somente de Minas Gerais, mas também de todo o Brasil. Tem falhas, mas quem não as tem? Os seus pontos positivos são muito mais numerosos e quem dera houvesse centenas de municípios e de cidades como esta! Quem dera…!

Feiras e feirantes:
– Um alerta para as feiras e aos feirantes: melhorem qualidade, preço e atendimento. Se não o fizerem rápido, serão engolidos de vez pelos sacolões. Que vieram para ficar…!

Sim, qualidade, preço e BOM atendimento
– Com o devido respeito, o que está faltando em boa parte do comércio local são essas três coisas: qualidade, preço e atendimento. Opinião minha, portanto, respeitem…!

Leis municipais inúteis:
– É perda de tempo a aprovação de leis municipais bem-intencionadas, mas quase sempre inconstitucionais (que geralmente ofendem a Constituição Federal) e ilegais (que ofendem leis de maior hierarquia). Haja vista principalmente aquelas que proíbem ou que restringem atividades lícitas ou serviços permitidos, objetivando, em última análise, a reserva do mercado local. É preciso querer evoluir e saber competir. Na Justiça, são facilmente derrubadas…!

 

 

Cadê o nosso shopping center?
– Pois, é isso mesmo! Cadê o nosso shopping center? Fala-se nisso desde a década de 80, mas a coisa nunca saiu da intenção ou do papel. Quando se fala na necessidade de haver um ar condicionado central (que custa caro, mas que é imprescindível), ou nos custos para os lojistas, a coisa murcha, cessa e mais uma década de silêncio passa. A cidade contenta-se com um pseudo e ridículo shopping center ao ar livre ou com pífios camelódromos. Que lástima…!

Atenção! Os paraquedistas vêm aí: – (1)
Chegou a hora da onça beber água. Ou não…!? Temos no momento dois deputados (um federal e o outro estadual) legítimos cá da nossa terra e outros dois que nos apoiam bastante. É quase chegada a hora de mantê-los para o bem de Araguari. Os chamados paraquedistas vêm aí. São aqueles mesmos candidatos de fora e que não têm qualquer compromisso conosco e que, quando muito, nos endereçam migalhas. Adocicam-nos a boca e depois somem por mais quatro anos. São ouro de tolos!

Atenção! Os paraquedistas vêm aí: – (2)
– Nós sempre espalhamos de forma irresponsável os nossos votos preciosos, contemplando gente que nem conhecemos bem, até de muito longe de nós e que não possuem maiores contatos físicos e psicológicos conosco. Puro e simples analfabetismo político (para não dizer mais). Se perdermos novamente os nossos representantes, pagaremos muitíssimo caro e outros vinte anos (ou mais) irão passar até que o erro crasso possa ser corrigido. Voto é arma democrática. Votar certo é um dever!

 

 

A História é cíclica e sempre se repete:

 

As tragédias da História revelam os grandes homens, mas são os medíocres aqueles que as provocam.

No início do século XIV, a França é o mais poderoso, o mais povoado, o mais ativo, o mais rico dos reinos cristãos, o reino cujas intervenções são temidas, cujo arbítrio é respeitado e cuja proteção é desejada. Teria sido possível imaginar que, na Europa, começava um verdadeiro século francês.

 

 

Mas o que é, então, que vai fazer com que a França, quarenta anos mais tarde, seja esmagada nos campos de batalha por uma nação cinco vezes menos populosa, que sua nobreza se divida em diversas facções, que sua burguesia se revolte, que seu povo se enfraqueça sob impostos excessivos, que suas províncias se separem umas das outras, que bandos de andarilhos se entreguem aos saques e aos crimes, que a autoridade seja achincalhada, a moeda desvalorizada, o comércio paralisado, a miséria e a insegurança passando a reinar por toda parte? Por que uma tão completa ruína? O que teria provocado tais reviravoltas do destino?

Foi a mediocridade. A mediocridade de alguns reis, a vaidade fútil, a leviandade em relação aos negócios do reino, a falta de aptidão para rodear-se de bons conselheiros, o desleixo, a presunção, a incapacidade de conceber grandes desígnios ou de, tão somente, prosseguir com os que tinham sido concebidos anteriormente.

Nada de grandioso pode se realizar, na ordem política, nada pode durar, sem a presença de homens cujo gênio, cujo temperamento, cuja vontade inspirem, reúnam e dirijam as energias de um povo.

Tudo desmorona a partir do momento em que personagens ineptas passam a repetirem-se nos mais altos postos do Estado. A unidade se dissolve, quando a grandeza desaparece.

 

FONTE: OS REIS MALDITOS = Quando um Rei Perde a França (Quand Un Roi Perd la France). = Editora Bertrand Brasil = Edição 2.007.

AUTOR: MAURICE DRUON.

 

 

Observações da Coluna DJ:

O romance histórico acima referenciado, o último dos 7 (sete) livros que formam o conjunto do épico OS REIS MALDITOS, escritos por Maurice Druon, visualiza em cores vivas as turbulências e as vicissitudes por que a França passou durante o século XIV (1.301/1400), iniciando-se pelo reinado de Filipe IV, o Belo (alcunhado de Rei de Ferro), que se constituiu em um dos maiores governantes daquele país, um dos últimos da gloriosa e secular linhagem dos Reis Capetos.

 

Sim, Filipe IV, O Belo, foi um grande rei, mas também se manchou, ao destruir por, motivos egoísticos, a Ordem dos Cavaleiros Templários, mandando queimar, na Ilha dos Judeus, sobre o Rio Sena, o Grão-Mestre Jacques de Molay e seus companheiros, recebendo dele, na hora da morte, uma terrível maldição, que se cumpriu por inteiro no decorrer dos quarenta anos seguintes.

Jacques de Molay anunciou claramente ao rei o fim de toda a sua linhagem. Os três filhos (e reis posteriores) de Filipe IV, o Belo, governaram a França de forma rápida, inepta e desastrosa, não gerando descendência sadia e durável e, quando um deles o fez, pairou dúvida sobre a legitimidade do rebento único, que também não sobreviveu para reinar, instaurando-se depois uma insolúvel e secular crise dinástica, colocando em lados opostos Inglaterra e França. Foi essa a origem da reivindicação inglesa sobre o trono francês e o estopim da Guerra dos Cem Anos (1347 / 1453, que na verdade, durou 116 anos…).

. Governada agora pela inescrupulosa, incapaz e degenerada Família Valois, a França viveu os seus piores momentos, enfrentando a Peste Negra, que dizimou um terço da sua população, e a predita e cruenta Guerra os Cem Anos, que lhe devastou o território e amoleceu lhe o brio. Isto perdurou até reencontrar o seu orgulho e a sua nacionalidade por obra e graça de uma quase-menina, a profetizada Donzela da Lorena, Santa Joana D’Arc, também queimada na fogueira, agora pelos ingleses, como herege, feiticeira e relapsa, na Cidade de Ruão, capital da Normandia (em 30.05.1430), mas ocasionando um efeito inversamente contrário ao pretendido, posto que se criou uma, lenda, um mito e uma mártir, e a França, renascida, aos trancos e barrancos conseguiria reaver uma grandeza moral suficiente para reassumir o seu lugar entre as maiores nações do mundo. Até hoje, os gauleses vivem numa gangorra de glórias e derrotas…

Ou seja, mais uma vez: a História mostra-nos que é cíclica e que sempre se repete, tal qual preconizavam os antigos gregos. Todo aquele (principalmente governante) que não pode ou que não quer estudá-la, ou aprender com ela, vê-se condenado a repeti-la da pior e mais desastrosa maneira possível, tanto para si quanto para seus respectivos povos. É daí que surgem os assassinos monumentais, os loucos genocidas, os falsos guias de nações, tais como Stálin, na antiga União Soviética; Hitler, na Alemanha; François Duvalier, no Haiti; Idi Amim Dada, em Uganda, Pol Pot, no Camboja, Slobodan Milosevic, na Sérvia, sem esquecer os que haverão de vir.

Por isso, às vezes, eu me pergunto: é o poder que corrompe a pessoa ou é a pessoa que corrompe o poder? Afinal de contas, na mesma História e mestra, só se tem notícia, em Roma, de um único Cincinato; o valoroso camponês convocado para salvar a cidade, alçado ao máximo poder de ditador e que, vencido o inimigo, retira-se para as lides do campo, voltando a arar a sua terra, sem qualquer apego ao poder.

 

Não é o que vemos hoje. Em nenhum lugar no mundo, em nenhum lugar aqui no Brasil. Também em Araguari, paisagem menor desse destempero e desse desregramento, presenciamos, inertes e alheios, as ambições desmedidas, desenfreadas, e que já assomarem inquietas e incautas, arvorando-se os seus detentores pobres e tolos em salvadores da terra e reis da cocada preta, julgando-se cada qual como a melhor opção para o pleito que haverá de vir.

Por toda parte, sobram políticos e faltam estadistas. Aqueles, são meros tolos, que somente enxergam os seus umbigos e interesses imediatos; estes, descortinam o horizonte e antecipam o futuro. Aqueles, vão inexoravelmente para o baú de trastes da História (ou para lugar pior); estes, trazem-nos esperança e deixam um legado.

Aos líderes de hoje faltam o puro e simples senso de oportunidade, de medida, de tempo, de ridículo, de prudência, de inteligência, de razão, de solidariedade, de empatia, de tudo, enfim. Mas, o povo, ah, o povo! Este, a seu turno, não quer saber de nada, pois a grande massa da Humanidade – incluindo os brasileiros, é óbvio — (ainda) é composta de analfabetos políticos.

Maior do que a miséria material é a miséria moral. Desta, ninguém se reergue…!

• Rogério Fernal .`.
Mestre Maçom, Advogado e Articulista.

2 Comentários

  1. Eliane disse:

    Tem uns paraquedistas que trazem migalhas mas trazem como um chamado Marcelo que trouxe para um centro de esportes que estão fazendo no Milênio a pedido do Tiãozinho, tem o IMEPAC que ajuda demais essa cidade mal de Araguari se não fossem eles, tem um federal que realmente nasceu aqui e que sempre que o Prefeito anuncia algo ele vai porque realmente trouxe uma emenda.
    Tem um que diz trazer Milhões para cá, só que o dinheiro é igual cabeça de bacalhau ninguém vê e nem publica nas redes sociais se não publica é porque não trouxe. Antes das eleições o prefeito tem que vir nas redes sociais e falar quem realmente trouxe dinheiro para a cidade. Eu me lembro que o Marcos Coelho tirou a máscara de um dizendo: Aqui não apareceu dinheiro dele não.

  2. Eliane disse:

    Políticos e fraldas tem que ser trocadas pelo mesmo motivo. Se bem que tem político que realmente trabalha tem que ficar, mas aqueles que só pensam em encher o bolso tem que serem extintos. Às vezes o povo deixa de colocar uma pessoa culta, inteligente, que realmente pensa em nossa cidade, para colocar uma pessoa que não serve, gente que vive de picuinha com Araguari e pensa que a cidade tem porteira e tem que parar de progredir, porque senão vai atrapalhar minha candidatura. Tem gente que fala mal de Araguari porque não está na prefeitura mamando e estão aqui só por causa da prefeitura.

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