Sem fiscalização, moradores ocupam área do aeroporto
qua, 21 de outubro de 2015 08:47Da Redação
A história da aviação começou em Araguari na década de 20, com a construção do Aeroporto Santos Dumont. No entanto ao longo dos anos foi perdendo espaço para Uberlândia que acabou centralizando toda a demanda para seu município. Com isso, a estrutura do aeroporto local passou a ser usada em circunstâncias excepcionais. Aos poucos o mesmo passou a ser cada vez mais utilizado por aeroclubes de Araguari e de cidades da região.
No entanto, ao longo dos anos ocorreram algumas situações inesperadas na área destinada ao aeroporto que, segundo o Ministério da Aeronáutica é de responsabilidade do município. Há cerca de quatro anos surgiram algumas movimentações para transferência do aeroporto a uma área mais afastada do perímetro urbano na condição de o município abrir licitação de loteamento de toda a área ocupada. O novo local oferecido ficava a seis quilômetros do Distrito Industrial, mas não foi concretizado.
A demanda do aeroporto de Uberlândia aumentou de forma assustadora culminando na procura por construção de hangares (abrigo de aeronaves) no aeroporto de Araguari, especialmente de proprietários de aeronaves de cidades vizinhas. Há quatro meses surgiu então uma fiscalização liderada pelos vereadores de oposição ao prefeito Raul Belém (PP) sobre os critérios adotados para liberar a construção de hangares e os valores pagos ao município pelos proprietários das aeronaves.
No entanto, o município não consegue pagar as despesas de manutenção principalmente da pista de aterrissagem e isso tem sido feito por proprietários de aeronaves para evitar prejuízos maiores causados com a sucção de pedras na pista.
Porém, outra situação chama a atenção no aeroporto: o grande número de invasões que aumenta a cada dia, pois moradores cujas residências fazem divisa com a área do aeroporto invadiram ao longo dos anos, aproximadamente 10, 20, 30 e até 40 metros e foram construindo suas moradias ou ampliando as mesmas, apesar de não terem autorização para isso.
A situação chegou a este ponto, pois não existem cobranças ou ações políticas que possam ir contra o cidadão que comete esse tipo de invasão de espaço público, neste caso destinado ao Ministério da Aeronáutica. Como não ocorre fiscalização, a ocupação ilegal continua acontecendo onde deveria ser ocupado por hangares e cobrado o devido uso do espaço para abrigos de aeronaves. Com a palavra as autoridades.
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