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Sáude Alerta – Vamos ouvir melhor?

qua, 11 de novembro de 2015 08:11

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Zelar pela saúde auditiva é uma atitude que deve ser tomada ao longo da vida. Porém, muitas pessoas se esquecem de um dos cinco sentidos que nos colocam em contato com o mundo.
A perda auditiva é uma das deficiências mais comuns na população brasileira. Ela ocorre quando há dificuldade ou impossibilidade de captar, conduzir ou perceber os estímulos sonoros vindos do ambiente.
Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) existem no Brasil cerca de 2,2 milhões de pessoas com problemas de audição. Entre as principais causas que contribuem para o aumento deste número está o volume alto dos mp3 players, causados pelo mau uso destes aparelhos, sendo que o limite máximo permitido de exposição a sons, inclusive pela legislação brasileira, é de 85 decibéis.

A deficiência auditiva pode se desenvolver de diversas maneiras. Quando genética, é possível ser detectada nos primeiros dias de vida e ser tratada com sucesso, sendo o Teste da Orelhinha, um exame rápido e indolor que ajuda muito no diagnóstico da perda auditiva e deve ser realizado nos primeiros meses de vida.

Com o passar do tempo, o processo de envelhecimento dos órgãos é natural. No caso do ouvido isso não é diferente. A deficiência auditiva começa, geralmente, por volta dos 65 anos. Essa perda auditiva é normal e chamada de presbiacusia, sendo que a pessoa não consegue ouvir com clareza em lugares de muito ruído ou quando diversas pessoas falam ao mesmo tempo.

Esse quadro pode ser mais grave quando o paciente possui outras doenças como, por exemplo, pessoas com diabetes e problemas cardíacos, a perda auditiva é mais severa. A diminuição dos estímulos auditivos afetaria enormemente não só as áreas responsáveis pelo processamento sonoro e de linguagem – os giros superior, médio e inferior do lobo temporal (esses dois últimos também implicados no aparecimento do mal de Alzheimer, mas o cérebro como um todo. A privação sonora poderia acelerar a perda de massa encefálica em mais de um centímetro cúbico por ano, em comparação com os idosos com audição normal.

Não se pode mais considerar apenas “uma opção” o uso de aparelhos auditivos ou implantes cocleares em pacientes idosos com perda de audição. Mais do que fazê-los ouvir mais e melhor, tal cenário nos coloca diante da chance de praticar a melhor medicina: a preventiva.
Tudo indica que tratar a surdez em idosos – com aparelhos auditivos, implantes cocleares e as terapias fonoaudiológicas adaptadas a cada caso – pode ajudar a manter o cérebro em dia por muito mais tempo. Cuidem-se!

 

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