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Saúde Alerta – Terapia de Reposição Hormonal na Menopausa: usar ou não usar?

qua, 16 de setembro de 2015 08:09

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As mulheres geralmente entram na menopausa por volta dos 50 anos. Passam-se os anos, aparecem estudos e mais estudos e a terapia de reposição hormonal permanece como um tema polêmico, gerando dúvidas entre as mulheres.

Alguns defendem a reposição hormonal como um recurso que vai resolver todos os sintomas da menopausa, evitar doenças cujos riscos aumentam com a redução do estrógeno (hormônio feminino) e retardar o envelhecimento da pele, entre outros. No lado oposto estão aqueles que a condenam  como potencializadora de males como câncer de mama, infarto e derrame cerebral. Há mitos e verdades nesses dois territórios. Portanto, o que deve prevalecer é a posição de equilíbrio.

Embora algumas mulheres façam uma transição tranquila para a menopausa, boa parte sofre com as mudanças físicas, metabólicas e neuropsíquicas. Sintomas como ondas de calor, irritabilidade e quadros depressivos podem surgir ainda na pré-menopausa. Depois, aparecem outros: alterações na textura e tônus da pele e atrofia das mucosas, com ressecamento vaginal e maior suscetibilidade a infecção urinária, perda da libido, insônia e dores nas articulações. A redução do hormônio estrógeno também pode favorecer doenças cardiovasculares e perda óssea apesar de ainda não haver estudos conclusivos sobre os efeitos da reposição hormonal para tratar esses males.

Inúmeras outras pesquisas, porém, são definitivas ao apontar os benefícios da terapia hormonal para atenuar sintomas e desacelerar as transformações relacionadas à menopausa. As Sociedades Norte-Americana de Menopausa e Brasileira do Climatério, por exemplo, recomendam a suplementação de hormônio para minimizar as ondas de calor, o envelhecimento da pele e a atrofia urogenital. Os geriatras apontam que a mulher de vida saudável que recebe um tratamento hormonal adequado chega aos 60 anos com menos doenças típicas da idade.

A terapia é contraindicada para mulheres com histórico de câncer de mama ou endométrio, trombose, distúrbios de coagulação sanguínea, infarto e sangramento genital de causa desconhecida. Na mulher com útero, associa-se estrogênio e progestágeno, pois o uso isolado do estrogênio eleva o risco de câncer de endométrio. É importante ainda observar o tempo de tratamento.

A maioria das mulheres colherá ganhos importantes com a terapia hormonal, feita com critério e acompanhamento médico. Mas haverá casos em que isso será contraindicado. Não há uma resposta universal aplicável a todas as mulheres e cada uma deve ser avaliada de forma personalizada. Definir caso a caso os benefícios e riscos de acordo com o histórico de cada paciente é a melhor forma de se posicionar a favor ou contra a terapia de reposição hormonal.

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