Ouvimos muito dizer que enfermidades podem ser desencadeadas por motivos psicológicos, mas será verdade? Estresse, raiva, medo e depressão podem ocasionar doenças cardiovasculares? Claro que sim! As situações estressantes levam a produção de adrenalina e corticoides sendo que estas substâncias geram arritmias, alteração da pressão arterial e aumento do risco de trombose e coagulação sanguínea. Tudo isso é um prato cheio para um infarto ou AVC (Acidente Vascular Cerebral). Além disso, o estressado geralmente tem um estilo de vida inadequado. A sua maneira de enfrentar o estresse libera hormônios em quantidades inadequadas, o que também pode prejudicar o coração.

Tudo fica ainda mais complicado se o indivíduo possuir placas de gorduras nas paredes das artérias. Ao se romperem, as placas podem provocar infarto. E mais: se a pessoa é tabagista, substâncias do cigarro podem danificar os vasos e provocar coagulação sanguínea, que também são um risco de ataque cardíaco. Não é a presença do estresse isoladamente  pode levar a um evento cardiovascular, mas sim a nossa reação a ele. Por exemplo, podemos estar diante de um evento estressor, seja uma perda familiar, um divórcio ou desemprego. Tudo dependerá do enfrentamento, ou seja, como você vai lidar com a situação. Se for possível administrar isso, virar a página, você teve um enfrentamento positivo. Agora se ficou ressentido, não conseguiu digerir, sofre bastante, teve um enfrentamento negativo. Mas não é tão simples assim virar a página ou “esfriar a cabeça.”

Cada pessoa precisa encontrar seus métodos para conseguir lidar melhor com as adversidades causadoras do estresse. Alguns se apegam a espiritualidade, outras preferem recorrer à atividade física. Tem gente que se sente melhor fazendo psicoterapia. Dessa maneira, nem o coração nem o cérebro adoecem. Os fatores emocionais devem ser um ponto de atenção importante. O estresse tem o mesmo peso de um diabetes ou colesterol alto. Prevenção e gerenciamento de estresse e depressão são fundamentais para prevenção de doenças cardiovasculares. Concluindo  “o que está fora da vista perturba mais a mente dos homens do que aquilo que pode ser visto.”