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Presídio de Araguari atinge número recorde de presos

qua, 28 de outubro de 2015 08:30

Da Redação

Quando se fala no crescimento assustador da criminalidade, surgem questionamentos de diversas partes, mas não há como fugir dessa situação drástica. Prova mais clara disso é a falta de vagas nas prisões para colocar tantos profissionais do crime, principalmente porque a velocidade de prender não é a mesma do Poder Judiciário em julgar, e a velocidade da Superintendência de Administração Penitenciária (Suapi) não segue o ritmo na criação de espaços para abrigar a referida classe.

Unidade recebeu melhorias, mas continua superlotada

Unidade recebeu melhorias, mas continua superlotada

 

Araguari não figura por acaso entre os municípios mineiros com maiores índices de ataques de bandidos, especialmente no quesito criminalidade violenta. A reportagem levantou que atualmente 365 presos se encontram recolhidos no Presídio local, número recorde desde a sua fundação, na década passada.

Geralmente são enviados pela Polícia Civil à unidade autores de delitos autuados em flagrante, o que ocorre diariamente. Eles se juntam a presos sentenciados e presos que aguardam julgamento. A situação coloca em risco a estrutura e a segurança do local, por mais que a direção do Presídio busque maneiras para amenizá-la.

Em maio deste ano a Gazeta do Triângulo trouxe reportagem alertando sobre o problema. Na ocasião, havia a previsão de que o estabelecimento atingiria o número de 300 reclusos nas horas seguintes à publicação.

Há cinco anos, o Presídio de Araguari chegou a contar com 270 detentos, enquanto sua capacidade era para 110 vagas. Em dezembro de 2014, abrigava 202 presos. Dois meses depois eram 263 infratores da lei recolhidos na unidade.

Por conta do grave problema, Araguari corre o risco de seguir o caminho de dezenas de comarcas mineiras, que tiveram seus presídios interditados. A promessa do Governo mineiro é de que pelo menos 4 mil vagas sejam criadas nos próximos dois anos.

BENFEITORIAS

No mês passado, benfeitorias foram promovidas na unidade prisional de Araguari, decorrentes de acordo em Ação Civil Pública entre Ministério Público e Pro-Tops Incorporadora e Empreendimentos, homologado pelo Judiciário e com anuência do Município de Araguari, como medida compensatória à segurança prisional.  Houve a instalação de 32 câmeras de videomonitoramento, gerador de energia elétrica, aparelhos de ar condicionado na administração, construção/reforma da nova portaria, dos muros externos, cercas, sala de armas, caixa d’água, sistema de fossa, pátios, iluminação, pinturas, refeitório, coleta seletiva, placas indicativas, fundação do pavilhão para regime semiaberto e cartografia do imóvel.

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