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Direito e Justiça

qui, 26 de outubro de 2017 05:27

Abertura-direito-e-justica

Por uma Internet mais humana:

(Não Compartilhe / Apague / 18ª  publicação)

  • Fotografias ou vídeos de pessoas acidentadas;
  • Fotografia ou vídeos de pessoas feridas ou baleadas;
  • Fotografias ou vídeos de cadáveres;
  • Fotografias ou vídeos com divulgação de suicídios;
  • Fotografia ou vídeos de animais mutilados;
  • Fotografias ou vídeos pornográficos ou de nudez acintosa;
  • Fotografias ou vídeos com crianças doentes ou vulneráveis;
  • Boatos ou notícias inverossímeis ( post truth = pós-verdade);
  • Informações ou delações sem quaisquer provas ou origem confiável;
  • Apologia à violência, ao crime, à contravenção e à pedofilia;
  • Quaisquer atitudes que contrariem os seus princípios morais e de cidadania.

 

Espiritismo = 100 perguntas e respostas:

 

Reencarnação  / Curas espirituais / Mediunidade / Morte.

 

1 –        O que é o Espiritismo?

A Doutrina Espírita ou Espiritismo, como é mais popularmente conhecida, é um conjunto profundo de ensinamentos dos espíritos desencarnados (fora de um corpo material) para os homens, espíritos encarnados (temporariamente dentro de um corpo físico). Por meio desses ensinamentos trazidos a Allan Kardec no Século XIX, na França, os espíritos elevados nos orientam sobre a realidade da vida que continua depois do túmulo e como devemos agir enquanto na Terra, para que possamos ter um retorno feliz para o “outro lado” da existência. Esses mesmos ensinamentos nos orientam como devemos agir para não termos de nos encontrar com a dor, quando nós retornarmos a um novo corpo físico. Como bem disse Kardec, na introdução de O Livro dos Espíritos, “a Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por princípio a relação do mundo material com os espíritos ou seres do mundo espiritual”.

2 –        Para a Doutrina Espírita, não existe o perdão para os nossos pecados?

Nada mais justo! Se você é prejudicado por alguém, não deseja que a justiça seja feita? É o que a justiça de Deus determina: temos que reparar o mal que livremente fizemos a alguém, da mesma forma que gostaríamos que alguém reparasse o mal que nos fizeram. Isso é a justiça perfeita. Não podemos ficar devendo a ninguém, como ninguém poderá nos ficar devendo aquilo a que temos direito. Os espíritos esclarecem, na Questão 661 de O Livro dos Espíritos, que aquele que pede a Deus o perdão de seus pecados não o obtém senão mudando de conduta. No mesmo livro, na questão 999, nos é ensinado que o arrependimento ajuda o progresso do espírito, mas o passado deve ser expiado, ou seja, o erro deve ser reparado. É a justiça perfeita em ação.

 

3 –        Em que sentido devemos entender a palavra “céu”?

Deve considerar-se como céu o espaço universal, os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores, onde as almas elevadas desfrutam a felicidade, sem sentirem as tribulações da vida material ou as angústias inerentes à inferioridade. A Terra é um dos mundos de expiação, ou seja, purificação das falhas, e os espíritos ou almas que a habitam precisam lutar contra a perversidade de si mesmos e contra a inclemência da natureza, trabalho esse muito penoso, que serve ao mesmo tempo para desenvolver as qualidades do coração e as faculdades da inteligência. Por esse modo, Deus faz que o castigo reverta em benefício do progresso do próprio espírito.

 

4 –        Nesse mesmo aspecto, o que seria o purgatório?

É a expiação. A Terra é, para muitos, um verdadeiro purgatório, onde Deus os faz expiar as suas faltas.

 

5 –        E o inferno, existe? Pois o próprio Jesus empregou essa expressão.

Primeiramente, não sabemos o que exatamente Jesus disse ou não disse porque, naquela época, não existiam gravadores, e Ele nada deixou escrito do próprio punho. Jesus se expressou em aramaico, língua falada pelo povo arameu. Os evangelistas escreveram em grego. Do grego para o latim, do latim até nós. O que Ele disse passou pela cabeça e interpretação de vários tradutores.  Você acredita que aquilo chegou até nós, passando por tantas línguas diferentes, por tantos tradutores diferentes, por tantas cabeças diferentes, não tenha sofrido nenhuma alteração? Você já ouviu um ditado que diz que “quem conta um conto aumenta um ponto? ”  Você mesmo é capaz de ouvir uma notícia e passá-la adiante exatamente com as mesmas palavras de quando a ouviu, sem nenhuma vírgula ou ponto a mais ou a menos?

Afora tudo isso, o inferno, como as religiões o apresentam, seria a negação de um Deus que é amor, que é Pai, que é misericórdia. Você mesmo seria capaz de gerar um filho destinando esse filho previamente a um sofrimento eterno desde o momento em que concebesse esse novo ser? Deus, que tudo sabe até mesmo antes que tudo aconteça, seria capaz de criar um filho sabendo que o seu destino seria um inferno sem fim? Que mãe seria feliz em um paraíso cheio de anjos tocando harpa se visse um filho sofrendo eternamente em um inferno? Como entender um Deus que pudesse ser feliz vendo uma legião de filhos seus queimando sem fim em um lugar dessa natureza?

 

Então, meu amigo e minha amiga, o inferno como o ensinado por certas religiões é absolutamente incompatível com o Deus que nos criou como filhos amados e para ser felizes para todo o sempre. Comenta Allan Kardec na Revista Espírita de 1862, edição de novembro, o seguinte: “Não se pode admitir a onipotência de Deus sem a presciência. Sendo assim, pergunta-se por que Deus, ao criar uma alma, sabendo que ela devia falir sem poder erguer-se, a tirou do nada para destiná-la a tormentos eternos? Quis, então, criar almas infelizes? Tal proposição é inconciliável com a bondade infinita, que é um de seus atributos essenciais. De duas uma: Ele sabia ou não sabia; se não sabia, não é onisciente; se sabia, não é justo nem bom. Ora, tirar uma parcela do infinito dos atributos de Deus é negar a divindade”. Podemos raciocinar com essas colocações de Kardec que o inferno é absolutamente incompatível com um Deus que é todo amor e misericórdia, com um Deus que é pai, como nos ensinou Jesus.

 

DIREITO E JUSTIÇA:

 

Questão 1:              O Espiritismo é Filosofia, ciência e religião. Não é uma doutrina exclusivista, exclusiva ou excludente. Não é elitista e não se proclama “dono da verdade religiosa”. Não faz proselitismo e nem pratica o “missionarismo”. Abomina o fanatismo, a superstição e a ignorância. Requer do seu adepto uma fé lógica e raciocinada, livre e espontânea. Não prescinde da evangelização e professa os princípios fundamentais do Cristianismo, tais como consignados especialmente no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. Não possui liturgia, corpo sacerdotal, rituais, vestes e adereços cerimoniais. É gratuito e oferece seus benefícios sem almejar retribuição alguma…. Não instiga ou induz ao recebimento de ofertas ou dízimos, pagamentos ou dádivas. Não autoriza e não distribui indulgências, mas também não oprime, coage ou escandaliza. Sobretudo consola nas quedas e nas aflições humanas. Exemplifica, indica e preceitua os ensinamentos e os caminhos de Jesus. Propicia uma esperança firme e renovada no porvir, neste mundo material e no mundo espiritual. Enaltece e incentiva de forma incondicional a prática do amor ao próximo, do perdão e da caridade sob todos os seus aspectos.

Questão 2:     Deus é justo e também misericordioso. Mas, esta (a misericórdia) não prescinde, em nenhuma hipótese, daquela (a justiça). Existem leis divinas   imutáveis e irrevogáveis, como a Lei do carma. Trata-se da lei da ação e da reação, da causa e do efeito, da semeadura (opcional) e da colheita (obrigatória). Enfim, é a imprescindibilidade ou obrigatoriedade de resgatarmos todas as nossas faltas cometidas nesta vida ou em vidas passadas. Entretanto, e aqui entra a misericórdia divina, não existem penas irremissíveis (imperdoáveis), eternas (cumpridas no inferno), desproporcionais, imerecidas, podendo os espíritos, com mais ou menos tempo (Khronos para os humanos, Kairós para Deus), mais cedo uns e mais tarde outros, evoluírem, sem exceção alguma, e de acordo com os seus méritos e esforços próprios.

 

Questão 3:     “Há muitas moradas na casa de meu Pai”, segundo o ensinamento textual  de Jesus. Ultrapassamos os mundos primitivos e habitamos presentemente a Terra, que se classifica como um mundo de expiação, o qual oportunamente será transformado em mundo de regeneração. Depois daqui, existem os chamados mundos superiores, os felizes e os divinos, onde a matéria espessa já foi de muito superada, em que o bem prepondera, inexistindo agruras, angústias e dores. Quando, enfim, ao final de uma longa evolução, alcançaremos a Luz, tão logo nos expurgarmos de todos os vícios, quiçá possamos dizer: eis o céu!

 

Questão 4:          Se assim puder ser dito, uma etapa intermediária, um lugar de passagem, situado entre este e o outro lado, e que no Espiritismo denominamos de umbral, ou seja, uma zona de turbulência, de confusão e de privação de sentidos, plena de angústias e de misérias, próprias e decorrentes de erros mais ou menos graves anteriormente praticados. Porém, não é o inferno, pois tem saída e duração. Efetivamente, aos que buscam redimir-se e resignam-se, os espíritos elevados prestam assistência no tempo e na medida certa. Haja vista o que se lê no livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier sob o ditado do iluminado Espírito Emmanuel.

 

Questão 5:           Não, não existe. Trata-se de uma criação exclusivamente humana, não sendo chancelada por Deus e nem por Jesus. Nestes mais de 2.000 anos de Cristianismo, a Bíblia sofreu cerca de 400.000 modificações, para o bem e para o mal, seja para contentar os caprichos pessoais de tradutores e de copistas de época e de lugar, seja para atender as necessidades ideológicas religiosas e políticas,  direcionadas e intencionadas, de pessoas, de grupos e de governantes, inclusive empenhados em disputas ou guerras religiosas mortíferas ao longo dos séculos. Se você duvida, leia o livro O Que Jesus Disse? O Que Jesus Não Disse? (Quem Mudou a Bíblia e por quê?), de Bart D. Ehrman, Editora Agir, tradução de Marcos Marcionilo.

*Rogério Fernal

Juiz de Direito aposentado. Ex-Professor Universitário de Direito, Advogado militante, Mestre Maçom, conferencista e articulista.

e-mail: rogerio_fernal@hotmail.com

 

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