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Direito e Justiça

qui, 13 de julho de 2017 05:27

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A PARÁBOLA DOS TRABALHADORES E DAS DIVERSAS HORAS DO TRABALHO == Mateus: 20 – 1.16.                   ( I )

 

Apenas o Evangelho de Mateus nos conta a “Parábola dos Trabalhadores da Vinha”, que tantos ensinamentos e reflexões nos traz.

 

20.1                “ – Porque o reino dos céus é semelhante a um  homem, pai de família que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para a sua vinha.”

 

O pai de família que saiu de madrugada para arrebanhar trabalhadores simboliza o nosso Pai Celestial; os trabalhadores a serem assalariados, seus discípulos; e a vinha, sua seara de amor, luz, justiça e misericórdia.

 

20.2                “ – E, ajustando com os trabalhadores a um denário (ou dinheiro) por dia, mandou-os para a sua vinha.”

 

E, tendo ajustado com os trabalhadores a um denário por dia, mandou-os para a vinha. O denário era, na época, a principal moeda romana e era toda confeccionada em prata. Tinha no anverso a cabeça do Imperador Tibério e no reverso a imagem da Imperatriz Lívia, adornada com cetro e flor. Um denário era geralmente o salário que um trabalhador recebia pelo trabalho de um dia.

 

20.3                “ – Saindo perto da terceira hora, viu na praça outros que estavam desocupados.”

 

Era costume dos antigos contarem o tempo desde o nascer até o pôr-do-sol. O dia era, pois, dividido em doze horas, que eram mais ou menos longas, de acordo com as estações do ano. Desta maneira, a hora do verão era maior que a hora do inverno. A esses desocupados, disse-lhes:

 

20-4               “ – E disse-lhes: Ide vós também para a vinha e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.”

 

20.5                “ – Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo.”

 

Ao primeiro exame, presumia-se que estes receberiam uma boa porcentagem do salário de um dia. E, o mesmo contrato  —  um denário  — foi também ajustado com os trabalhadores que foram empregados à hora sexta e à hora nona. A hora sexta era ao meio-dia e a hora nona às três horas da tarde.

 

20.6                E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos e perguntou-lhes: por que estais ociosos todo o dia?

 

Os últimos trabalhadores foram empregados à hora undécima, cinco horas da tarde, dezessete horas, ou seja, apenas uma hora antes do pôr-do-sol (ou do fim da jornada normal de trabalho), e sequer lhes foi dito que seriam pagos. E, a estes últimos o dono da casa, como visto, perguntou “por que estais ociosos todo o dia?”

 

20.7                “ – Responderam-lhe: Porque ninguém nos contratou (assalariou). Então ele lhes disse: Ide também vós para a vinha e recebereis o que for justo.”

 

Explicaram, pois, a sua ociosidade devido ao fato de não terem tido oportunidade de trabalho. Queriam muito trabalhar — provavelmente –;  no entanto, não encontravam serviço.

 

Mas, para esses, não houve menção de valor, nem mesmo subentendida. O pai de família não prometeu ou assegurou aos  trabalhadores da undécima hora um denário, dizendo-lhes, todavia, que haveriam de receber o que fosse justo.

 

20.8                “ – Ao cair da tarde (aproximando-se a noite), o Senhor da Vinha disse ao seu administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos (derradeiros), indo até os primeiros.”

 

 20.9               “ – Chegando os que tinham ido trabalhar perto da hora undécima, recebeu cada um deles um denário.”

 

Percebendo a generosidade do Senhor, os primeiros trabalhadores (madrugada, terceira, sexta e nona horas) ansiosamente previram uma grande soma, pois haviam trabalhado longas horas e haviam suportado todo o calor do dia.

 

20.10     “ – Vindo, porém, os primeiros, pensaram que receberiam mais; porém, também estes, do mesmo modo,  receberam um denário cada um.”

 

20.11     “ – E, tendo-o recebido, murmuravam contra o dono da casa, dizendo: “

 

20.12     “ – Estes últimos trabalharam apenas uma hora, contudo tu os igualastes a nós que suportamos a fadiga e o calor do dia.”

 

“Acharam assim, petulante e arrogantemente, que o pagamento havia sido injusto, realizado a menor. Por isso, questionavam e afrontavam o senhor da vinha.

 

 20.13            “ – Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça. Não combinaste comigo um denário? “

 

O proprietário lhes fez lembrar o ajuste feito. O trato havia sido honrado de ambos os lados e fora cumprido religiosamente. O proprietário defendeu então a sua liberdade e direito de ser generoso para com aqueles que haviam trabalhado sem ajuste, com boa vontade e bom ânimo, dizendo:

 

20.14     “ – Toma o que é teu e retira-te; pois, quero dar a este último tanto quanto a ti.”

 

20.15     “ – Porventura, não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?”

 

O olho mau era uma expressão para designar inveja ou avareza. À primeira vista, pode até parecer que Jesus esteja consagrando nesta parábola a arbitrariedade, o erro e a injustiça. Efetivamente, seria assim se todos os trabalhadores tivessem a mesma capacidade e eficiência. Todavia, não é o que se verifica.

 

O bom trabalhador é aquele que executa sem preguiça, com bom ânimo e boa vontade o seu trabalho, incansável em sua determinação de produzir mais e melhor. Por isso, cada qual recebe o seu salário pela qualidade e não apenas pela quantidade. Mesmo porque o trabalhador diligente e devotado, embora encontrado à última hora, pode realizar um trabalho mais nobre, com maiores e melhores resultados  que os outros que trabalharam mais tempo.

 

Nosso Pai Celestial está sempre convocando seus filhos para o cultivo das virtudes que lhes garantirão o salário divino. Uns começam mais cedo a cuidar de seus espíritos para o bem; outros começam mais tarde. E, no entanto, para os bons trabalhadores, o salário é o mesmo, não importando a hora em que iniciarem o trabalho de sua regeneração e reforma íntima.

 

Esta parábola é uma linha de esperança para todos nós. Por ela, Jesus nos ensina que qualquer tempo é oportuno para cuidarmos do nosso aprimoramento, quer estejamos beirando a velhice, quer ainda estejamos nos albores da nossa existência. Sempre é e será tempo de cuidarmos de nossas almas e de colaborarmos com o Senhor na tarefa de evangelizarmos nossos irmãos.

 

E, Jesus finaliza a parábola.

 

20.16     “ – Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são chamados, mas poucos os escolhidos.”

 

Foram chamados seguidores que não impuseram condições para servir, servindo pelo próprio bem de servir, que não exigiram do Senhor da Vinha ajuste prévio algum. Aqueles que se dispõem a ser BONS TRABALHADORES NA VINHA.

 

 

PALESTRAS ESPÍRITAS PROFERIDAS:

(Os Trabalhadores da Vinha ou Da Última Hora)

 

  • No Centro Espírita Nosso Lar = (28.05.2015);

 

  • No Centro Espírita Caminho da Luz = (06.06.2015);

 

  • No Centro Espírita Fé, Amor e Caridade = (10.07.2017).

 

 

 

*         Rogério Fernal

Juiz de Direito aposentado. Ex-Professor Universitário de Direito, Advogado militante, Mestre Maçom, conferencista e articulista.

e-mail: rogerio_fernal@hotmail.com

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