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Coluna: Saúde Alerta (19/08)

ter, 18 de agosto de 2020 23:56

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AGOSTO LARANJA

 

Desde 2006 o Brasil celebra, no dia 30 de agosto, o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. A data foi resultado do esforço da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) para dar mais visibilidade à doença e seus impactos na vida das pessoas. Por isso, o agosto laranja é considerado o mês de conscientizar os brasileiros sobre essa doença e a importância de sua prevenção.

A esclerose múltipla é uma das doenças relacionadas ao sistema nervoso central mais comuns no mundo. Atualmente, de acordo com a MS International Federation, existem mais de 2,3 milhões casos de Esclerose Múltipla, condição que afeta uma média de 35 mil brasileiros.

A esclerose múltipla é uma doença que se manifesta por meio de diversos sintomas e sinais, podendo ser diferentes, dependendo das áreas afetadas pelo acometimento, indo desde alterações de sensibilidade, até perdas de visão e equilíbrio, por exemplo. Esses pacientes, de forma frequente, alternam entre períodos sintomáticos, os chamados surtos, e períodos de recuperação.

Embora seja uma doença crônica, existem medicamentos que reduzem sua atividade, permitindo que as pessoas tenham uma melhor qualidade de vida.

O mundo ainda está aprendendo sobre a covid-19 e suas consequências. Em um primeiro momento, foi normal que houvesse uma apreensão sobre quais seriam os riscos potenciais de contaminação pelo coronavírus e quais seriam seus impactos sobre os pacientes com esclerose múltipla.

Com muita observação e considerando dados provenientes de outros países, como Espanha e Itália, constatamos que poucos pacientes com esclerose múltipla foram contaminados pelo coronavírus, em relação a outros grupos de pacientes com doenças neurológicas crônicas. A evolução destes pacientes tem sido mais benigna do que o esperado, já que a maioria está em tratamento com imunomoduladores com maior ou menor potência e tem a sua imunidade alterada.

Um dos principais objetivos é derrubar barreiras sociais que fazem com que pessoas afetadas pela doença se sintam sozinhas e socialmente isoladas. Ações coletivas são oportunidades para defender melhores serviços. Para o setor de pesquisa, é uma oportunidade de mostrar resultados e de chamar a comunidade de pacientes para que procurem se envolver no assunto, com pessoas e trabalhos sérios e responsáveis.

Dentro da comunidade médica, a proposta é que a data seja um momento de educação para aqueles que não estão envolvidos habitualmente no atendimento, aprendendo sempre mais sobre a doença e seus impactos. Para os médicos que tratam a esclerose múltipla, estas datas trazem oportunidades de uma maior conexão com os pacientes, trazendo informação e mostrando o quanto a relação médico-paciente pode ser importante para a avanço de tratamentos.

O tratamento da esclerose múltipla tem evoluído muito rapidamente nos últimos anos e novas alternativas não param de surgir. A fase atual na pesquisa sobre a doença é boa, com um conhecimento cada vez mais aprofundado sobre os mecanismos de lesão da doença e, consequentemente, com tratamentos mais eficazes e específicos para os diferentes tipos de evolução dos pacientes.

Nos últimos doze meses, vários novos medicamentos entraram em comercialização, situação cada vez mais frequente e, até então, bastante rara. Hoje existem formas diferentes de tratar pacientes com características específicas e uma possibilidade de conseguir uma melhor evolução a médio e longo prazo como nunca existiu antes.

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