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Coluna: Saúde Alerta (26/05)

qua, 26 de maio de 2021 08:16

Covid-19 x Doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Estima-se que 31% das mortes correspondem a essas enfermidades. Diante destes dados, sabe-se que a maioria das doenças cardiovasculares pode ser prevenida por meio de mudanças de estilo de vida.

O novo coronavírus é uma família de vírus conhecida desde 1960, que sofreu uma mutação genética e acabou se transformando em algo que ainda não havia sido identificado em humanos. Transmitido pelo ar e pelo contato próximo com as pessoas infectadas, o COVID-19 pode ter sintomas semelhantes ao resfriado, evoluindo para casos graves de insuficiência respiratória aguda. Pessoas acima de 60 anos ou que tenham doenças respiratórias, cardiovasculares ou diabetes estão mais propensas a contrair a doença. Segundo a OMS, para esta população, a instituição aconselha maior cuidado em evitar aglomerações ou locais com pessoas doentes.

Em primeiro lugar é preciso compreender que quando se fala em grupo de risco não estamos nos referindo às pessoas com maior probabilidade de contrair o vírus, que é igual para todos que tenham contato com uma pessoa infectada. Os grupos de risco da Covid-19 são as pessoas com maior probabilidade de manifestar sintomas graves da doença, podendo levar a óbito.

O American College of Cardiology divulgou um boletim sobre os pacientes hospitalizados com a doença: 50% deles possuíam doenças crônicas, sendo que 40% tinham doença cardiovascular ou cerebrovascular. Entre os casos fatais, 86% tinham problemas respiratórios e, destes, 33% tinham acometimentos cardíacos associados, enquanto 7% tinham acometimento cardíaco isolado.

As pessoas que já possuem algum tipo de doença cardíaca podem ter alterações no seu sistema imunológico, além de um estado inflamatório crônico latente, o que pode agravar a manifestação da doença. Vale ressaltar que este não é um fator de risco isolado para a Covid-19, mas também para outras doenças respiratórias causadas por vírus. Em pandemias causadas por estes microrganismos a mortalidade por doenças cardiovasculares ultrapassou todas as causas.

O risco é ainda maior para pacientes com doenças crônicas, hipertensão, diabetes e alguma doença cardíaca como infarto. Também apresentam mais perigo as pessoas que passaram por alguma cirurgia cardiovascular ou que tenham insuficiência cardíaca.

Além disso, em outros episódios de epidemias respiratórias, como no caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), as doenças causaram miocardite e insuficiência cardíaca de rápida progressão. Isso significa que o novo coronavírus, por ter características semelhantes, também possa infectar o coração isoladamente.

Após meses estudando e convivendo com os efeitos do novo coronavírus, pesquisadores apontam que a covid-19 pode atacar diretamente o miocárdio, músculo cardíaco, causando inflamações graves no coração pela falta de bombeamento sanguíneo. Arritmias e insuficiência cardíaca são as possíveis consequências dessa condição.

O coração também pode ser atingido indiretamente, uma vez que a redução na concentração de oxigênio causada pela disfunção pulmonar, a liberação de citocinas e a isquemia devido a formação de coágulos podem comprometer o órgão vital do corpo humano.

Muitas pessoas, principalmente aquelas que enfrentaram a forma grave da doença, acreditam que após receberem alta médica estão totalmente curadas. No entanto, para parte desses pacientes pode haver riscos de sequelas cerebrais, nos rins, pulmões, e coração, o que acaba prejudicando e fragilizando sua saúde.

Entre as condições cardíacas mais associadas ao novo coronavírus, a fibrose pulmonar e dislipidemia podem aumentar os riscos para uma doença cardiovascular como o acidente vascular cerebral causado por coágulos. Com isso, é possível dizer que as atividades inflamatórias derivadas da Covid-19 podem perdurar de maneira silenciosa no organismo de um paciente, mesmo após sua recuperação.

Permanecer observando os sinais que seu corpo dá é essencial na busca por sequelas. Percebê-las pode não ser uma tarefa fácil, mas, quando tratadas de maneira precoce, podem garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente.

Além de manter um estilo de vida saudável para evitar doenças cardiovasculares, é importante agir preventivamente quanto à saúde do seu coração. Cardiopatas e pessoas com histórico de doença cardiovascular na família devem estar em dia com as consultas médicas e a realização de exames, inclusive de diagnóstico de imagem. Em Blumenau, a Ecomax conta com o Aquilion One Genesis Edition, referência mundial em tomografia de coração e sistema cardiovascular.

A recomendação de medidas de isolamento, distanciamento, higiene e uso de máscara permanecem para todas as pessoas. Porém, o cuidado deve ser ainda maior com aquelas que se enquadrem em um grupo de risco, como os pacientes cardíacos. Cuide-se. Com responsabilidade e prevenção podemos nos proteger da Covid-19.

Vacina Sim!

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