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BR-050 figura entre os locais com maior incidência de roubos de cargas no ano

sex, 25 de setembro de 2015 08:38

Da Redação

Deficiência na fiscalização das estradas facilita atuação das quadrilhas

Levantamento da Polícia Civil de Minas Gerais apontou os locais com maior incidência em ataques de quadrilhas especializadas em roubo de cargas no Estado: as BRs 381 (entre Belo Horizonte e São Paulo), 251 (Montes Claros e Sul da Bahia), 050 (passando por Araguari) e 040 (BH e Rio de Janeiro).

Nos primeiros seis meses deste ano, foram registradas mais de 80 ocorrências do gênero, superando 2014 no mesmo período – aumento de 9,5%. Na região de Araguari e Uberlândia, foram pelo menos 20 ataques entre janeiro e junho.

Mais de 80 ataques aconteceram neste ano, pelo menos 20 na região de Araguari e Uberlândia

Mais de 80 ataques aconteceram neste ano, pelo menos 20 na região de Araguari e Uberlândia

 

Entre os tipos de cargas mais visadas estão derivados de petróleo, eletroeletrônicos, bebidas, cigarros, produtos de higiene, alimentos e medicamentos. A escolha do material a ser roubado depende da encomenda dos receptadores.

Há 20 anos transportando produtos de higiene, o caminhoneiro Jarivaldo, de 41 anos, afirma que as rodovias mineiras são as mais perigosas. “Falta posto policial na estrada, o que facilita a atuação dos bandidos”. Ele contou à reportagem que, há três anos, foi sequestrado e teve a carga, avaliada em R$ 20 mil, roubada.

Depois de ser rendido com um carregamento de celulares e videogames, avaliado em R$ 60 mil, o motorista Breno, de 48 anos, tenta se precaver. “A escolta analisa os pontos de paradas antes de eu chegar com a carga e as viagens são feitas apenas no período diurno”.

A PC aponta que a deficiência na fiscalização das estradas facilita a atuação das quadrilhas. “Graças ao serviço de inteligência conseguimos identificar os criminosos que se valem da fragilidade de policiamento em grandes extensões”, explicou a instituição, em nota à imprensa.

Ainda segundo a polícia, bandidos investem em organização, armamento pesado e até sequestro de motoristas e seguranças contratados para realizar a escolta dos produtos. As quadrilhas levam em consideração o tipo de carga e o perigo que o roubo pode oferecer, como a presença de escolta. Para garantir o transporte do material, eles mantêm as vítimas presas.

OUTRO LADO

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que, apesar da grande extensão viária em Minas, o número de postos de fiscalização é suficiente para atender a demanda. “São realizados patrulhamentos de repressão ao crime, além de operações que visam a segurança dos caminhoneiros”, frisou o inspetor Aristides Júnior, chefe da assessoria de imprensa.

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