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Araguari abriga vários depósitos de resíduos a céu aberto, conhecidos como ‘lixões’

qua, 28 de outubro de 2015 08:10

por Mel Soares

Restos de materiais de construção, animais mortos, galhos de árvores e móveis usados são diariamente jogados em alguns pontos da cidade, como a rua Vinícius de Araújo no bairro Independência e a saída para o Capim Branco, bairro Brasília.

 

Os dois locais são popularmente conhecidos como ‘lixões’ e os cuidados como limpeza não são suficientes para acabar com o problema. Para o secretário de Serviços Urbanos, Humberto Merola Junior, o funcionamento das URPVs (Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes) seria uma das alternativas para oferecer aos araguarinos suporte adequado para o descarte irregular.

“Estas unidades estão instaladas próximas a estes ‘lixões’. Estamos fazendo um projeto para conseguir colocá-las em funcionamento por meio de parceria público-privada, com o intuito de reduzir os custos para o município”, explicou.

Antiga rua 19 no bairro Independência continua sendo alvo constante de descarte irregular de lixo

Antiga rua 19 no bairro Independência continua sendo alvo constante de descarte irregular de lixo

 

Para a limpeza da antiga rua 19 no Independência estima-se que sejam feitas duas mil viagens de caminhões. “Entramos em acordo com a empresa responsável pela construção do viaduto entre os bairros Independências e São Sebastião. Sempre que o caminhão deixar terra nesta obra, irá fazer o transporte deste entulho”. No caso da rua de acesso ao Capim Branco, em torno de 1500 viagens devem ser feitas para acabar com o ‘lixão’. O bairro Sibipiruna e a via de entrada para a região da Cachoeirinha, também receberão a limpeza.

Para que a situação não volte a se repetir, um dos projetos é manter parcerias entre repartições municipais no intuito de reforçar a fiscalização sob pena de multa.

Prefeitura disponibilizará fiscais para atuarem nos pontos de depósito ilegal de resíduos

Prefeitura disponibilizará fiscais para atuarem nos pontos de depósito ilegal de resíduos

 

“Reunindo os fiscais das secretarias de Serviços Urbanos, Meio Ambiente, Obras e Fazenda iremos conseguir impedir esta irregularidade. A parceria dará condições de disponibilizar fiscais para permanecerem nestas regiões, evitando o descarte”, explanou.

Impactos ao Meio Ambiente

Em um’ lixão’, não há nenhum controle ou monitoramento de resíduos, que são altamente nocivos ao meio ambiente. Segundo o biólogo Marcus Vinícius Leite, resíduos domiciliares, comerciais e até mesmo hospitalares, altamente poluentes, podem ser encontrados nos ‘lixões’. Ele comenta que isso ocasiona alto risco de poluição. “Em um lixão, não há a prévia impermeabilização do solo com isso o chorume, líquido gerado pela decomposição da matéria orgânica, pode penetrar no solo e ocasionar contaminação do lençol freático”. Pesquisas apontam que, no Brasil, 60% das cidades encaminha resíduos para locais inapropriados.

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