Coluna: Saúde Alerta (15/07)
qua, 15 de julho de 2020 12:42Pressão Alta
A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma doença crônica que demanda atenção por seus riscos associados. Ela se caracteriza por níveis altos de pressão sanguínea nas artérias. Isso leva o coração do paciente hipertenso a fazer um esforço maior para que o sangue seja distribuído pelo corpo. Com isso, a hipertensão arterial é considerada um dos maiores fatores de risco para condições como acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. Essa doença acomete cerca de 25% dos brasileiros, conforme dados do Ministério da Saúde.
Embora em 90% dos casos a patologia esteja associada à hereditariedade, há uma série de fatores e hábitos que contribuem para a sua ocorrência. Esses incluem o tabagismo, a obesidade e uma dieta alimentar rica em sódio.
Para ajudar a prevenir e tratar quadros de hipertensão, geralmente são utilizadas medidas não farmacológicas associadas à administração de medicamentos anti-hipertensivos.
Assim, entre as ações não-medicamentosas, a dieta alimentar é um dos destaques para buscar o controle dos níveis pressóricos.
Para o paciente hipertenso, recomenda-se, no máximo, a ingestão de 5 gramas de sal ao dia, o que corresponde a uma colher rasa de chá ou a cinco pacotinhos daqueles servidos em restaurantes (cada um com uma grama). Devemos lembrar de que o sódio é parte fundamental na conservação de todos alimentos e, portanto, devemos sempre preferir alimentos naturais, não conservados.
A chamada dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) enfatiza o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura para esse paciente; ela inclui também a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e frutas. Ela preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com açúcar. Associado à redução de sódio, esse padrão alimentar mostrou-se eficaz em reduzir a pressão arterial. Ainda, temos também a Dieta Mediterrânea, igualmente eficaz na redução da pressão, que conta com muitos desses ingredientes, além do uso de óleo de oliva e de pequenas quantidades de vinho tinto.
O sal deve ser ingerido com bastante controle. Além disso, alimentos gordurosos e produtos ultraprocessados também devem ser evitados.
Os embutidos, enlatados e, o máximo possível, os alimentos conservados – inclusive refrigerantes, pois eles têm maior quantidade de sódio – também devem ser evitados.
Deve-se evitar também o abuso de álcool e a ingestão de destilados. Isso porque o consumo excessivo de álcool eleva a pressão e seu uso deve ser restrito na prevenção e no tratamento de hipertensos. Recomenda-se, no máximo, uma taça diária de vinho ou uma latinha de cerveja.
O grande desafio das medidas não farmacológicas, como a dieta alimentar, é que elas geralmente envolvem mudanças no estilo de vida e muitos dos indivíduos deixam de segui-las ao longo do tempo. Portanto, para serem realmente efetivas na prevenção e no tratamento da hipertensão, as medidas dietéticas devem ser encaradas como parte de uma mudança global no estilo de vida das pessoas.
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