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Saúde Alerta – Você sabia que o frio aumenta o risco de AVC e Infarto?

qua, 14 de junho de 2017 05:41

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Os dias frios sempre despertam preocupação em relação a doenças respiratórias, como gripes, resfriados e rinites alérgicas, porém poucos sabem  que o frio aumenta o risco de complicações cardio cerebrovasculares.
A incidência de infartos, por exemplo, aumenta em 30% e AVCs (acidente vascular cerebral) em 20%.
A estimativa é que, a cada dez graus de queda na temperatura, haja um aumento de 7% no índice de infartos, especialmente quando os termômetros atingem marcas inferiores a 14ºC.
Isso acontece porque o organismo faz de tudo para manter o calor interno do corpo ao redor de 36,1ºC.  Assim, quando as terminações nervosas da pele se ressentem com o frio, estimulam a produção de um tipo de catecolamina, substância que, entre outras funções, acelera o metabolismo para evitar a perda de calor, como forma de proteger o funcionamento de órgãos vitais internos. Esse mecanismo faz com que as paredes dos vasos sanguíneos que irrigam a pele se contraiam (prova disso é que mãos, pés, nariz e orelhas esfriam), e o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue. Além disso, como sentem menos sede no frio, as pessoas acabam ingerindo menos líquido e desidratam. Sangue mais denso e viscoso coagula mais facilmente, o que colabora também para o aumento da pressão sanguínea.
E mais: nas baixas temperaturas, o aumento da pressão sanguínea sobre a parede dos vasos que estão com o calibre reduzido, além de sobrecarregar o coração, facilita o desprendimento de placas de gordura localizadas no interior das artérias, que podem bloquear o fluxo do sangue para o coração e para o cérebro. Essa situação provoca uma sobrecarga para o coração e um risco especial para o cérebro.
Alguns fatores externos também colaboram com este aumento da incidência de infarto no inverno. Um deles é diminuição na atividade física durante este período do ano.
Além disso, podem ocorrer alterações no perfil metabólico durante os dias mais frios. A elevação dos níveis de colesterol, causada pelo consumo de alimentos mais gordurosos, é uma delas. O colesterol em excesso pode formar perigosas placas de gordura que, com o tempo, podem obstruir e comprometer o fluxo sanguíneo nas artérias do coração e do cérebro resultando, respectivamente, no infarto do miocárdio e no acidente vascular cerebral.
Idosos, hipertensos, diabéticos, obesos, fumantes e sedentários precisam redobrar os cuidados no inverno. Mesmo quem não pertence a esses grupos de risco deve evitar a exposição prolongada ao frio intenso e o choque térmico causado pelas quedas bruscas de temperatura.
O frio excessivo pode levar à ruptura de uma placa aterosclerótica, causando a trombose intravascular e a obstrução da artéria.
As baixas temperaturas prejudicam principalmente idosos, sendo que pessoas nessa faixa etária podem ter mais complicações porque estão mais susceptíveis ao aumento da pressão arterial e transtornos de coagulação sanguínea, além de mais propensão às infecções típicas do frio, que podem ser fatores desencadeantes de eventos cardiovasculares.
Controlar os fatores de risco é essencial e isso envolve parar de fumar e adotar a prática regular de atividade física, além, claro, de estar atento aos níveis do colesterol, à pressão arterial e ao controle do diabetes mellitus. Fica evidente, também, que a exposição ao frio se torna uma preocupação, e, por isso, deve ser evitada.
Está claro que a prevenção dos transtornos vasculares no inverno está diretamente associada ao controle de fatores de risco durante o ano todo. Mas outros pequenos cuidados podem preparar nosso corpo para enfrentar as temperaturas baixas do inverno.
A outra recomendação é estar sempre alerta. O ideal é evitar a prática de exercícios ao ar livre se a temperatura estiver abaixo de 14ºC.

No entanto, faça frio ou calor, ao primeiro sinal de infarto (dor no peito que irradia para os braços, falta de ar, sudorese abundante são alguns deles) ou de AVC (dormência súbita na face ou nos membros de um lado do corpo, comprometimento da fala e da visão, tontura), a pessoa deve procurar imediatamente assistência médica, afinal “tempo é cérebro e coração”.

 

 

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