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Saúde Alerta – O que é discopatia degenerativa?

qua, 2 de agosto de 2017 05:34

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Entre as vértebras da coluna vertebral se encontram discos intervertebrais fibrocartilaginosos, os quais absorvem impactos, diminuem o atrito e proporcionam suporte estrutural para a coluna. Essa função amortecedora do disco o submete a constantes pressões, podendo levar a um desgaste: degeneração discal ou discopatia degenerativa. Fatores como o envelhecimento, lesões repetitivas e a carga genética também contribuem a esse desgaste.
Como os discos possuem um escasso suprimento sanguíneo, não há capacidade de regeneração. Os discos nessas condições, sofrem rupturas internas, conduzindo a uma diminuição do espaço discal intervertebral. Assim, é possível que os nervos sejam pinçados e sofram compressão gerando dor na coluna irradiada para os membros. Esta dor pode variar de leve, severa e debilitante. E pode ser aliviada quando assumimos uma posição que diminui a pressão sobre os discos.
É comum a perda da capacidade de amortecimento pela redução na altura e pelo endurecimento das estruturas discais.

A doença que, estatisticamente, atinge mais homens com a faixa etária entre os 40 e 55 anos, pode ser caracterizada como parte do processo de envelhecimento. Na realidade, qualquer indivíduo adulto pode começar a desenvolver um processo degenerativo precoce. O crescimento ósseo dos seres humanos, geralmente, se prolonga até os 16, 17 anos. A partir dessa fase, os ossos começam a ser “gastos”.

O fato de ter mais de dois milhões de casos registrados de discopatia degenerativa está associado à longevidade da população brasileira e mundial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os idosos representam hoje 12% da população nacional, e chegarão a compor 30% em 2050.
Esse processo degenerativo que ocorre nos discos intervertebrais, ou seja, na estrutura cartilaginosa que fica entre uma vértebra e outra da coluna, acontece devido à perda de água da região. Os discos sofrem um processo de desidratação e, consequentemente, diminuem a espessura, o que minimiza a capacidade de movimentação. Mas precisa-se lembrar que esse não é um processo incapacitante, e nem sempre pode ser considerado doloroso. Geralmente, isso acontece com pessoas que trabalham carregando peso de uma maneira irregular, fazem muito esforço, ou são submetidas a uma postura viciosa durante um período muito grande de tempo.
Um dos fatores determinantes para a discopatia de origem genética é o genético. Há outros fatores extras que podem acentuar o desgaste, como a prática de esportes de alto impacto, a má postura, a obesidade e o tabagismo. Mas o principal é, sem dúvida o genético.

Um dos principais sintomas da doença é a dor lombar, isto é, na região das costas, que pode irradiar para as nádegas e atingir a região das coxas, neste caso mais extremo, podemos chamá-la de ciática, quando irradia para perna e o pé. Como o disco está degenerado, um esforço maior pode provocar uma hérnia de disco, ou seja, uma compressão no nervo localizado na região da vértebra.
Além do exame físico, exames de imagem como a ressonância magnética podem determinar o diagnóstico. Especialistas utilizam a ressonância magnética porque ela demonstra melhor os tecidos moles e porque quando o disco perde água, o aspecto dele fica mais escuro. Mas geralmente, o exame físico que consiste na apuração das queixas do paciente e dos procedimentos médicos primários é responsável por 70% do diagnóstico. Os outros exames apenas comprovam a hipótese que existia anteriormente.
Nenhum processo degenerativo tem cura. Não tem como você recolocar esse líquido perdido no disco, mas você pode diminuir o desconforto com medidas como o cuidado postural, peso compatível com a altura, não carregar uma carga excessiva de peso, fazer exercícios que trabalhem o alongamento do corpo, praticar atividades físicas que aumentam a mobilidade da coluna, evitar praticar musculação pesada ou atividades que provocam a hipertrofia muscular, porque estas práticas vão diminuir o alongamento muscular.
Os tratamentos disponíveis hoje e podem ser caracterizados como conservadores se resumem ao medicamentoso, ou seja, que fazem uso de analgésicos e relaxantes musculares, além da fisioterapia. É fundamental também que o paciente mude seus hábitos, como a postura, o estilo de vida, caso contrário, em casos mais graves, provavelmente seja necessária a realização de cirurgias, mas é extremamente raro, geralmente 95% dos pacientes apresentam uma melhora considerável e não precisam ser submetidos ao processo cirúrgico.
Nos casos de hérnia de disco a cirurgia consiste na retirada do fragmento discal responsável pela compressão do nervo. Essa prática é realizada para minimizar a dor e não para tratar, de fato, a patologia. Estatisticamente, somente 20 a 30% dos pacientes precisam da cirurgia para tratar a hérnia de disco.

Também em casos de discopatia degenerativa, o PILATES tem sido bastante indicado e elogiado pelos praticantes.

Trata-se de um método que atinge o objetivo do aluno de forma efetiva e segura, se baseando na respiração simultâneo aos músculos centrais do corpo, que promove estabilização e proteção às articulações, como a coluna vertebral; e no equilíbrio muscular. Então, o aluno terá alívio e controle das dores, pois a coluna estará bem estruturada devido ao reforço muscular da região e ao condicionamento postural. O praticante de PILATES normalmente tem uma ótima qualidade de vida, pela disciplina da prática, consciência corporal e finalmente pela estabilização do quadro doloroso.

 

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