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Neuropsi – O que é memória?

qui, 10 de novembro de 2016 05:16

Abertura-neuropse

1-O que é memória?

A memória é uma forma de registrar informações, como se fosse um arquivo e, como todo processo de arquivamento, exige atenção. Concluindo a memória é a aquisição, conservação e evocação de informações. O aprendizado é a aquisição dos dados e as lembranças são a evocação do que foi armazenado; logo, o esquecimento é a falta de evocação.
 
2-Geralmente quando ocorrem as falhas de memória?
Em geral, os problemas de memória começam a se apresentar depois dos 60 anos, na maioria das vezes é absolutamente benigna, mas frequentemente, por falta de melhor informação, angustia o idoso que tem dificuldade de aceitá-la como um fato normal.
Nas pessoas mais jovens, as falhas frequentes estão relacionadas a outros problemas, como distúrbios do sono ou déficit de atenção. Quem dorme mal, pode mostrar-se mais irritado e com menor capacidade de concentração durante o dia, o que vai incidir diretamente na memória.
Esquecer um número de telefone, o que almoçou na semana passada ou onde anotou um endereço importante é normal. Entretanto, colocar a culpa desses esquecimentos na memória nem sempre está correto. Muitas vezes o problema é a falta de atenção.

3-Como a falta de atenção atrapalha na memória?
A atenção é uma das funções mentais mais atingidas em casos de estresse, depressão, ansiedade e fadiga e, por consequência, os problemas começam a aparecer na memória. Quando lidamos com muitas informações, nosso cérebro prioriza algumas e descarta outras, assim detalhes como ‘onde está a chave do carro’ podem ser esquecidos e confundidos com problemas de memória.
 
4-Quando devemos procurar um especialista? E quem procurar?
Quando as falhas na memória tornam-se frequentes e passam a atrapalhar seriamente o cotidiano, é preciso buscar a ajuda de um especialista: neurologista e neuropsicólogo.   Não é possível prevenir os problemas de memória com medicação.

 
5-Qual a melhor maneira de se avaliar a memória?
A melhor maneira é através da avaliação neuropsicológica que é  muito importante no diagnóstico dos problemas que podem levar a falhas de memória. Trata-se de um exame que investiga o funcionamento mental por meio de testes relativos às várias funções, como atenção e raciocínio lógico.

 
6-E como funciona o tratamento?
O tratamento é feito por meio da reabilitação neuropsicológica, que treina as funções afetadas e visa criar novas estratégias para compensar as funções prejudicadas. Aplica-se  estratégias compensatórias bastante eficazes, como o treinamento para uso de agenda.  A família também recebe orientação para aprender a conviver com as novas limitações do paciente.

7- O Esquecimento é bom ou ruim?
Normalmente, associa-se o esquecimento a uma falha mental ou até uma patologia, mas sem o esquecimento seria impossível continuar memorizando informação. Portanto, neste caso, o esquecimento serve como que um filtro daquilo que ainda nos é importante, a este processo designa-se por função seletiva e adaptativa. A própria memória também tem um caráter adaptativo, pois ela não memoriza tudo a que estamos expostos no dia-a-dia (a informação é transformada). Habitualmente falamos de esquecimento ligado apenas à memória de longo prazo; a memória em curto prazo apaga-se para dar lugar a novas informações ou então passa à memória de longo prazo.
Mas o esquecimento pode ser também mau quando é um regressivo, ou seja, quando surgem dificuldades em reter novos materiais e em recordar conhecimento, nomes ou fatos aprendidos recentemente. Este tipo de esquecimento pode ser devido à degenerescência dos tecidos cerebrais e ataca, sobretudo, pessoas de certa idade. E existem três tipos de esquecimento: por interferência de aprendizagem (como que uma reciclagem de informação) regressivo e motivado utilizado quando se quer esquecer algo negativo na nossa vida.

8-Quais são as dicas para melhorar sua memória?
Estimular a memória; praticar jogos de xadrez, palavras cruzadas, exercícios simples como recordar fatos do dia-a-dia (o que comeu no almoço, o que leu no jornal do dia, o que ocorreu no último capítulo da novela etc.); aprender novas habilidades: computador, pintura, música etc. ; cultivar a atenção: ater-se aos fatos mais importantes dos que ocorreram durante o dia e procurar guarda-los; exercitar-se com objetos simples mantendo a concentração (pegue um relógio, por exemplo, e procure concentrar-se no mesmo, observando suas características etc.); exercitar-se com um texto e procurar refletir somente sobre o mesmo (um poema, um salmo, etc.);  Exercícios mnemônicos: associar fatos a imagens e procurar guardá-los na memória. Imaginar um alimento suculento e imaginar todas as suas características a ponto de sentir prazer; alimentação: a boa alimentação é fundamental para a conservação da memória. Deve-se evitar excessos. Deve-se entender que uma boa alimentação é a bem balanceada entre proteínas, gorduras e açúcar, sendo rica em vitaminas. A tiamina, o ácido fólico e a vitamina B12 são importantes para o metabolismo dos neurotransmissores envolvidos no processo da memória, devendo ser utilizados de preferência produtos naturais. A água é muito importante, devendo se ter cuidado com a hidratação; psiquismo: estar relaxado e emocionalmente bem, é fundamental para manter uma boa atenção de conservar a memória. A tensão e a ansiedade prejudicam a memória. A depressão dificulta muito o processo de memorização; atividade física: os exercícios feitos regularmente trazem benefícios importantes para o processo de memorização. Uma simples caminhada diária é o suficiente. Sono:  o repouso cerebral é muito importante para se ter uma boa memória. Quem sofre de insônia tem sua memória prejudicada.

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