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Julgamento popular promete tensão hoje no Fórum Oswaldo Pieruccetti

qui, 15 de outubro de 2015 08:41

Da Redação

Presidido pelo juiz de Direito Cássio Macedo Silva, titular da Segunda Vara Criminal, o Tribunal do Júri da Comarca de Araguari se reúne a partir das 9h desta quinta-feira, 15, para a sessão de julgamento popular de Nélio Francisco de Jesus, acusado pela morte do próprio irmão, Danilo Francisco de Jesus, no ano passado.

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou que, por volta das 19h do dia 14 de novembro, na rua Eurípedes Santiago, bairro Santiago, Nélio Francisco matou Danilo Francisco, com uso de arma de fogo, por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa do ofendido.

Conforme o MPMG, naquela fatídica data a vítima no momento que fazia compras num sacolão do Centro, encontrou com o denunciado, iniciando uma discussão acalorada acerca de um terreno.  Pouco depois, Danilo entrou em contato com sua esposa e falou que se algo acontecesse com ele, teria sido seu irmão.

Chegando em casa, narrou os mínimos detalhes para sua mulher. Em seguida, Nélio invadiu o imóvel e disparou quatro vezes contra Danilo, na frente da mãe de ambos, fugindo numa motocicleta, cor vermelha.

Quatro dias após os fatos, o suspeito se apresentou de livre e espontânea vontade na Delegacia da Comarca, mas não tinha conhecimento do mandado de prisão preventiva em seu desfavor, expedido um dia após o crime, pelo juiz-plantonista.

Ele prestou um rápido depoimento e negou ter atirado em Danilo Francisco, mesmo com as declarações das testemunhas oculares do homicídio. A versão apresentada não convenceu o delegado Fernando Storti, que o indiciou por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima).

A defesa tentou a liberdade provisória de Nélio no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, há cinco meses, não logrando êxito. Danilo Francisco de Jesus tinha 31 anos e residia com a mãe e a amásia, na rua Eurípedes Santiago.

A sessão de hoje começa com a escolha de sete representantes da sociedade araguarina para a formação do Conselho de Sentença. Ao todo, 25 pessoas foram alistadas para o julgamento. Em seguida ocorrem as oitivas de testemunhas (defesa e acusação) e o interrogatório do réu. Depois disso, se iniciam os debates através da acusação e defesa, com possíveis réplicas e tréplicas. Há intervalos para almoço e lanches. A expectativa é de que a sessão se estenda até a noite.

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