A tradição de reunir novidades da indústria automobilística em um evento aberto ao público se confunde com a própria história do automóvel. Os amantes dos modelos de luxo e superesportivos podem visitar um evento muito aguardado pelo setor: a edição 66ª do Salão de Frankfurt. Diante de tanta novidade, não podemos deixar de ressaltar que a Alemanha é realmente o país do automóvel! Além de ser o berço do veículo, criado há quase 130 anos, a engenharia alemã faz com que os modelos fabricados lá estejam entre os mais desejados do mundo e o espaço reservado à marca é um dos maiores. A Mercedes-Benz é a única marca que tem um prédio próprio dentro do Centro de Convenções de Frankfurt onde pode expor cerca de 70 modelos entre esportivos, SUV’s, vans de passageiros, híbridos e de competição. O destaque apresentado pela marca este ano é o Concept Car, uma nave espacial em forma de lágrima sobre rodas trazendo inovação em autonomia para os veículos.

 

Tecnologia e sofisticação

A BMW, Audi, Volkswagen e Porsche também dominam. A Audi aposta na tecnologia. Além dos carros, o pavilhão da marca é sempre um show de cenários de um filme de ficção. Este ano os visitantes, logo na entrada, se deparam com uma parede de gelo onde foi esculpida a logomarca “Quattro” em alusão aos modelos com tração nas quatro rodas da marca. A BMW inovou este ano ao montar uma pista de verdade dentro do pavilhão. Lá, a marca pode levar modelos que circulavam entre os visitantes. A Volkswagen, por sua vez, divide seu pavilhão com as demais marcas do grupo, como a Bugatti, Lamborghini, Bentley, Porsche, Skoda e Seat. O Porsche 911 Carrera é uma das sensações do Salão. A prata da casa deixou os motores aspirados de lado e adotou propulsão turbo em toda a linha, mas manteve o câmbio manual de sete marchas.

 

A saga dos extintores

Enquanto isso, no Brasil, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) decidiu que o uso do extintor – BC e ABC será opcional para carros, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada. Até então, rodar sem extintor ou com ele vencido era considerada infração média, com multa de R$ 127,69 e cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). A medida que obrigava o uso do equipamento foi estabelecida em 1968 e passou a vigorar em 1970.

 

Quase inútil

A AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) informou que dos dois milhões de acidentes em veículos cobertos por seguros, apenas 800 tiveram incêndio como causa. Desse total, somente 24 informaram que usaram o extintor, o equivalente a apenas 3%. Além disso, estudos realizados pelo Denatran constataram que as inovações tecnológicas introduzidas nos veículos nos últimos anos resultaram em maior segurança contra incêndio.