Corpo de Bombeiros atende três ocorrências de incêndio em menos de 24 horas
sex, 16 de outubro de 2015 08:28Da Redação
Equipe acredita que origem dos focos tenha sido criminosa
A 4ª Companhia de Corpo de Bombeiros atendeu, nessa quarta e quinta-feira, três ocorrências de incêndio em Araguari. Em um dos casos, uma residência próxima foi atingida e parcialmente queimada.
Durante a tarde dessa quarta-feira, 14, a equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada para debelar incêndio em uma pastagem, localizada próxima à avenida Pernambuco, no bairro Sewa. Devido à proporção do sinistro, os bombeiros, com o apoio da Superintendência de Água e Esgoto, priorizaram os trabalhos próximos à residência.
A solicitante, M.R.C.B., 36 anos, comenta que todos os anos os incêndios acontecem no local. “Como estava ventando muito, o fogo espalhou rápido e em menos de 30 minutos chegou bem próximo à minha residência. Fiquei em pânico. Pegamos baldes com água, tapetes e outros objetos para tentar amenizar a situação”.
A proprietária acredita que a queimada foi proposital. “Apesar da época de seca, é pouco provável que esses incêndios sejam naturais. Não sabemos quem são os autores, mas é uma maldade muito grande. As pessoas têm que se conscientizar em relação a isso, pois poderíamos ter morrido”.
Foram utilizados aproximadamente dez mil litros de água para extinguir o fogo em locais próximos às construções. A equipe afirmou que, devido ao horário desfavorável, a topografia do terreno, a quantidade de combatentes e o risco, não foi possível extinguir completamente o incêndio. “Queimou boa parte da pastagem, estragou fios e estourou canos. Foi um grande prejuízo”, acrescenta a solicitante.
Segundo a proprietária, é necessário que haja prevenções nas fazendas. “Eu não sabia, mas fui informada que as fazendas devem tem uma estrutura para controlar o fogo, como abafadores, bombas e tratores, pois em algumas situações, o caminhão do Corpo de Bombeiros não consegue chegar ao local. É um paliativo, mas todas as fazendas devem ter esses equipamentos”.
Ainda na quarta-feira, o Corpo de Bombeiros foi acionado para combater um incêndio em um terreno baldio, localizado na rua Elias Peixoto, bairro Santa Helena. Dentro do terreno havia material reciclável, lixo e seis automóveis (dois Fuscas, uma Kombi, duas Brasílias e um Fiat Prêmio).
A guarnição armou uma linha com três mangueiras e utilizou aproximadamente 7 mil litros de água para extinguir o fogo. Uma residência, localizada na rua dos Aimorés, foi atingida e teve as vigotas e parte do forro de PVC queimadas.
De acordo com o primeiro-sargento Lucenildo Batista Alves, assessor de comunicação da 4ª Companhia, a equipe suspeita que o incêndio tenha sido criminoso. “Os vizinhos relataram que o local é bastante frequentado por usuários de drogas e, provavelmente, esse foi o motivo do incêndio”.
Na quinta-feira, 15, outro foco foi identificado na avenida Coronel Teodolino Pereira de Araújo. O solicitante G.A.M.H.A., 16 anos, afirmou ter visto um indivíduo ateando fogo em dois coqueiros localizados no canteiro central da avenida. Após a ação, o suspeito evadiu para a rua Dr. Alberto Moreira, sentido avenida Minas Gerais. A equipe da Polícia Militar realizou o rastreamento, porém, o autor não foi encontrado.
O primeiro-sargento comenta que nessa época há um acréscimo no número de incêndios. “Esse fato não acontece apenas em Araguari, mas em todo o estado. Nesse período, temos que nos desdobrar para conseguirmos atender a todas as solicitações”. A equipe acredita que as três ocorrências foram criminosas. “Não temos como provar, mas esse tipo de incêndio não surge sozinho, a menos que tenha algum artificio. Muitas pessoas cometem esse tipo de crime para fazer a limpeza de uma área ou, em algumas situações, pode ser que um indivíduo jogue um cigarro acesso na rodovia e cause um incêndio”.
Lucenildo Batista ressalta que esse tipo de ação é muito perigosa. “Em um dos casos, outra residência foi atingida, mas, felizmente, era de manhã e os moradores não estavam dormindo. Quando há vento forte, é mais difícil controlar o fogo”. Os incêndios criminosos podem gerar multas e até mesmo prisões. “Nesses casos, acionamos a Polícia de Meio Ambiente. Quando não há antecedentes, a pessoa é repreendida, mas caso não seja a primeira vez, ela pode receber voz de prisão”.
O primeiro-sargento acrescenta que nessa época são feitas diversas ações de conscientização. “Felizmente, esse ano tivemos menos casos do que no ano de 2014. Acredito que as pessoas estejam bem orientadas e as campanhas estejam surtindo efeito”.
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