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Funcionários dos Correios entram em greve por período indeterminado

qua, 19 de agosto de 2020 08:22

Da Redação

Funcionários aguardam orientações sobre a paralisação na cidade

Funcionários aguardam orientações sobre a paralisação na cidade

Na última segunda-feira, 17, funcionários dos Correios do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas aderiram à paralisação nacional, no intuito de exigir que seja cumprido o Acordo Coletivo de Trabalho que estaria em vigor até 2021, mas foi revogado no dia 1º de agosto. O texto publicado no site da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), destaca que foram retiradas 70 cláusulas referentes a direitos dos trabalhadores.

Dentre elas está 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, indenização de morte, auxílio creche, pagamento de adicional noturno e horas extras, e outras demandas. Além disso, eles afirmam ser contra a privatização da estatal e reclamam do que chamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia, pois, segundo eles, faltam equipamentos de proteção individual, álcool em gel, testagem e afastamento daqueles integrantes de grupos de risco.

Desta forma, ficou definido que não há prazo para o fim da paralisação de atividades na estatal. Em contato com o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares (Sintect-URA), a reportagem foi informada que ainda não há informações sobre o número de servidores que aderiram à greve e quantas unidades estão com suas atividades suspensas. O Sindicato atua em cerca de 156 municípios localizados Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Noroeste de Minas, além de parte do Norte e do Sul de Minas.

Até a tarde desta terça-feira, 18, as agências em Araguari funcionaram normalmente. Funcionários locais afirmaram que ainda não foi repassada nenhuma orientação sobre o assunto, assim, aguardam informações oficiais sobre como ficará o atendimento na cidade, bem como, o trabalho dos funcionários que pretendem aderir à mobilização. Em Uberlândia, a reportagem verificou que ao longo da tarde os trabalhadores começaram a aderir ao movimento grevista, mas ainda não foi possível precisar a quantidade de pessoas que apoiam a mobilização na referida cidade.

Quanto ao atendimento, o Sindicato ressaltou que nesse primeiro momento os serviços essenciais não estão afetados e que está se reunindo com os grevistas, prestando esclarecimentos e orientações para os próximos dias. Além disso, está sendo respeitado o distanciamento social e as recomendações de saúde, inclusive de não realizar manifestações nas portas das agências, visando evitar aglomeração. Em nota, os Correios afirmam que não pretendem suprimir direitos dos empregados e que a empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando assim os vencimentos dos empregados.

Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa. Além disso, a direção ressalta que a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional. Situação parecida ocorreu em setembro de 2019, quando a categoria solicitou reconsideração quanto à retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios, além de reivindicar o reajuste salarial de 0,8%, sendo este um dos principais pontos reclamados na época.

1 Comentário

  1. andre disse:

    parabéns funcionários exemplares. em época de pandemia, onde as entregas via correios aumenta, voces estão certíssimos parar tudo, essa contribuição de voces faz com que devemos cada dia mais lutar por privatização e novas concorrentes do ramo sejam abertas, tem que acabar essa porcaria chamada correios, um covil de ratos descompromissados com o bem da populacão.

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