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Eunice Mendes anuncia rompimento político com o governo Raul Belém

qua, 4 de dezembro de 2013 18:25
“Estou saindo da base, mas o que eu sentir que for melhor para a cidade, irei apoiar,” garantiu a vereadora. Foto: Gazeta do Triângulo

“Estou saindo da base, mas o que eu sentir que for melhor para a cidade, irei apoiar,” garantiu a vereadora. Foto: Gazeta do Triângulo

DA REDAÇÃO – A vereadora Eunice Mendes (PMDB) anunciou ontem seu rompimento com a base de apoio do governo Raul Belém (PP) na Câmara. Até então, dos 17 vereadores que compõe o Legislativo, praticamente todos tinham posicionamento político neutro ou favorável ao governo, sem explicitar qualquer tipo de resistência. “Abracei, mas nunca fui abraçada,” declarou ela em relação à forma como enxergou sua permanência na base.

Eunice Mendes demonstrou insatisfação no comunicado oficial ao prefeito. Disse ter se afastado por não ser “conivente com a má gestão da coisa pública, desenhada nesses onze meses de governo.” Em outra nota publicada em sua página no Facebook, afirmou ter sido um erro demorar para sair e que o governo tem se mostrado “incompetente” e “desorganizado”.

Em entrevista à Gazeta do Triângulo, a vereadora apontou a intromissão de secretários em assuntos da Câmara, pressão para aprovação da proposta de protesto dos devedores da dívida pública e Tarja Preta como alguns dos principais motivos. “Eles estão cerceando nossa liberdade de expressão,” afirmou.

A criação de cargos, secretarias e sub-secretarias, além de demissões injustificadas como medida para redução de gastos também foram citadas por ela. “Cortaram servidores efetivos e de carreira ao invés de cargos de confiança. Quem não tinha nada a ver com o problema está pagando,” argumentou.

MUDANÇA

A saída da vereadora não representa uma ausência decisiva para a base governista, que continua a deter apoio de maioria esmagadora do Legislativo. Sobre sua atual situação, Eunice Mendes afirma que fará oposição de maneira equilibrada e não esconde que poderá estar sozinha. “Estou saindo da base, mas o que eu sentir que for melhor para a cidade, irei apoiar. Não vou impedir o prefeito de governar em momento algum, mas o que estiver errado, irei cobrar,” disse.

No entanto, uma opinião diferenciada poderá ser de extrema importância para estimular os vereadores a terem mais envolvimento com os projetos e, principalmente, resgatar os debates e discussões na Câmara.

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