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Dengue é tema de audiência pública na Câmara Municipal

sáb, 6 de abril de 2019 05:43

Da Redação

Na tarde dessa sexta-feira, 5, o vereador Levi Siqueira (MDB), presidente da Comissão de Serviços Públicos, promoveu audiência pública juntamente com a presidência da Câmara Municipal com o objetivo de coletar informações acerca de providências tomadas pelo departamento de Zoonoses sobre a dengue.

Representantes do Legislativo, do departamento de Zoonoses e de associação de bairros estiveram presentes

Representantes do Legislativo, do departamento de Zoonoses e de associação de bairros estiveram presentes

 

Nessa semana, o novo coordenador do departamento de Zoonoses, Guilherme Borges Pereira de Carvalho, esteve na Câmara Municipal após solicitação do vereador Levi Siqueira, que pediu novamente a presença do profissional na audiência com o intuito de questionar outros pontos, como as ações que serão adotadas visando o combate do mosquito Aedes aegypti e quais foram as atividades suspensas pelo departamento na gestão passada.

“Como poder Legislativo queremos contribuir nas ações. Vejo com bons olhos o retorno do trabalho de mutirões, mas acredito que, neste momento, só isso não é suficiente, pois precisamos de atividades mais eficazes. Questionei o porquê foi retirada a UBV de máquina costal, que é utilizada quando há os primeiros casos com o objetivo de bloquear e a resposta é que não houve embasamento técnico para isso; talvez esse seja o motivo para o aumento no número de casos”, considerou.

Além dos mutirões e de itens importantes no combate à Dengue, o vereador destacou a importância da participação da comunidade e dos presidentes de associações de bairros. “Nestes mutirões a população de cada bairro pode ajudar ao identificar os locais que necessitam de limpeza.”

Recentemente, o vereador cobrou, por meio de determinação do Ministério Público, que imóveis desocupados fossem inspecionados. “Inclusive encaminhei a foto de uma casa no centro da cidade onde tinha uma piscina que estava totalmente suja, com focos de dengue. Solicitei o Ministério Público para facilitar a entrada de agentes de endemias nestes locais. Precisamos ter uma série de ações: o apoio da comunidade, das instituições e também do próprio Ministério Público, da Justiça, do Executivo e do Legislativo.”

Um dos assuntos discutidos na audiência pública foi a respeito da falta de verbas destinadas ao trabalho de combate à dengue no município. O coordenador da Zoonoses informou aos edis, que nesta semana conversou com representantes da secretaria de Estado, que estiveram em Araguari e tomaram conhecimento a respeito da situação sendo questionados sobre a possibilidade de encaminhar recurso para o município.

Segundo destacou, resolução publicada nesta semana informa que os municípios que estejam em estado de epidemia de dengue podem receber uma verba após decretar estado de calamidade para que possa ter contratações emergenciais. “Será encaminhada verba de R$ 200 mil para utilizarmos em situação de emergência, faltando apenas trâmites burocráticos. Esta verba será investida no controle vetorial, mas também em transporte, hemogramas e exames. Na próxima semana, junto com a secretaria de Estado, definiremos ações. Será destinada equipe para formularmos força-tarefa para que possamos atingir bons resultados”, informou.

O vice-presidente da casa legislativa, vereador Warley Ferreira “Maravilha” (MDB) disse à reportagem que anteriormente foi identificada pelo Legislativo a necessidade de um trabalho eficaz de prevenção. “Não aconteceu trabalhos em escola; houve falha na gestão passada. Em 2017, por exemplo, Araguari ficou em primeiro lugar, apresentando menor índice de Dengue entre 853 cidades, mas hoje Araguari está em um cenário totalmente desfavorável devido à falta de gestão na antiga coordenação.”

Algumas metas foram traçadas por meio do vereador, dentre elas, viabilizar uma praça modelo de combate ao Aedes aegypti, que seria um laboratório para demonstração de como funciona na prática o combate do mosquito. “Vamos apresentar vários métodos de combate, tanto com citronela, planta repelente e crotalária. Colocaremos peixes, que são predadores naturais da larva. Em parceria com empresas, vou oferecer este laboratório para que a sociedade e, sobretudo, as escolas, possam participar”.

Conforme explicação feita pelo coordenador do departamento de Zoonoses aos vereadores, o mosquito deposita aproximadamente 450 ovos, os quais sobrevivem apenas 45 dias. “O ovo tem um sistema inteligente e se ficar depositado em local onde não existe água ele sobrevive pelo período superior a um ano aguardando para eclodir. Por isso, temos que nos unir para traçar estratégias de combate, até porque o mosquito tem feito inúmeras vítimas em Araguari”, argumentou o vereador.

Próximos mutirões

Onze mutirões estão programados e duas datas foram divulgadas. Neste sábado, 6, as atividades acontecem no bairro Aeroporto e no dia 27, nos bairros Santa Helena e Gutierrez.

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