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Araguari registra 1.735 casos prováveis de dengue em 2019, segundo SES-MG

qua, 24 de abril de 2019 05:52

Da Redação

O boletim epidemiológico divulgado na última segunda-feira, 22, mostra que Araguari teve um aumento no número de casos de dengue, zika e febre chikungunya. Este é o terceiro levantamento realizado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) no mês de abril. De acordo com os dados, o número de casos prováveis de dengue em Araguari chega à 1.735.

O município continua entre as 44 cidades com incidência muito alta, sendo que a taxa é calculada com base na faixa populacional de cada município. Com o 11.676 casos, Uberlândia lidera a lista. Outras 269 localidades apresentam baixa incidência, enquanto 300 estão sem qualquer registro de dengue. A epidemia de dengue que atinge Minas Gerais infectou 140.754 pessoas, o equivalente a uma média de 1.268 casos prováveis.

No Estado também são 1.301 registros relacionados à febre chikungunya. Nas regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, 22 cidades têm casos prováveis de chikungunya, sendo todas classificadas com incidência baixa da doença. No topo da lista, continua Araguari, agora com 90 casos de chikungunya. Neste ano, ainda não há registro de óbitos suspeitos da doença.

Além do aumento de casos prováveis destas doenças, o município também passa a figurar entre as regiões com registros de zika, causada pelo mesmo vetor. São sete casos sendo um deles em gestante. Segundo a SES-MG, em 2019 foram registrados 497 casos prováveis de zika no Estado. Devido ao elevado número de suspeitas, a prefeitura elaborou uma nova estratégia de combate à dengue.

O novo método usa ações de bloqueio do chikungunya pela SES-MG certificada pela OMS –  Organização Mundial de Saúde. A estratégia visa à aplicação de inseticida aerosol dentro dos imóveis, focando alguns pontos específicos para eliminar a proliferação do mosquito. De acordo com a prefeitura, o novo método irá atingir aproximadamente 4,5 mil imóveis entre os bairros Amorim, Santa Helena e também no Centro. O trabalho de campo terá início nesta quarta-feira, 24.

Além disso, continuam as ações diárias como as palestras nas escolas e empresas, o bloqueio de transmissão com a técnica Ultra Baixo Volume (UBV) ou fumacê como é conhecido popularmente e os mutirões de limpeza.

O aumento dos números da dengue em Minas Gerais também levou o Estado e decretar situação de emergência em saúde pública.  A decisão do governo foi anunciada nesta terça-feira, 23, na publicação oficial do Executivo estadual. O decreto é válido por 120 dias e vai oferecer assistência a municípios na abrangência das macrorregiões de saúde.

Diante disso, o governo liberou R$ 4,18 milhões para ações de combate à doença em 93 municípios afetados, que receberão recursos para contratação de agentes de saúde e capacitação de profissionais de assistência hospitalar, além de custeio e manutenção de outras atividades, como produção de material informativo, ações de mobilização e mutirões de limpeza.

Conforme o documento, 46,8% dos 301 municípios apresentam alta incidência alta ou muito alta de casos prováveis de dengue, com aumento significativo nas solicitações de internação considerando o mesmo período de 2018. Conforme o governo, essa lista de municípios será atualizada a cada 15 dias, até o dia 30 de junho deste ano, por meio de resolução específica. O parâmetro para definição dos municípios será a divulgação do Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus. A próxima resolução prevista deverá contemplar 46 municípios, no montante de R$ 1,88 milhão.

Mortes no Estado

Quanto às mortes, o número permanece em 14 dos municípios de Arcos (1), Betim (6), Frutal (1), Ibirité (1) Paracatu (1), Uberlândia (2) e Unaí (2), mas outros 57 óbitos ainda estão sob investigação. Com isso, as vidas perdidas podem chegar a 71.

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