Coluna: Direito e Justiça (29/06)
qui, 29 de junho de 2023 08:10Direito e Justiça:
Uma nova Estação Rodoviária para Araguari:
(Matéria Publicada na Coluna Direito e Justiça em 29.9.2022)
Araguari precisa urgentemente de uma nova Estação Rodoviária, de um terminal de ônibus que seja amplo completo, dinâmico, moderno e que faça bonito principalmente para aqueles que vêm até a nossa cidade, a passeio ou de passagem.
Resido em Araguari, sem interrupção, desde 03 de julho de 1984 e já vivenciei muitas coisas boas e más acontecidas por aqui. Devo dizer que não sou daqueles que fazem críticas apenas pelo simples gosto mórbido de criticar. Busco argumentar, fundamentar e defender as minhas opiniões, certas ou eventualmente erradas. Melhor que tudo, busco constatar fatos que moldaram esta cidade nos seus últimos 38 anos.
Lembro-me muito bem da inauguração festiva do prédio da nossa atual Estação Rodoviária, que se deu numa bela manhã do dia 13 de novembro de 1988, terça-feira. Muita gente estava lá. Eu também estava lá. Estouraram-se muitos fogos de artifício, fizeram-se belos discursos, descerraram-se grandes placas, houve entusiásticos aplausos. Dois dias depois, em 15 de novembro de 1988, realizaram-se eleições municipais e a nossa vida seguiu adiante.
Antes, tínhamos o que eu costumo chamar de “encostador de ônibus”, situado na praça da Constituição, onde hoje está a UPA. Era um prédio pequeno, acanhado, em que chegavam os ônibus de um lado e saiam pelo outro lado. Mas, havia restaurante, lanchonetes, uma barbearia, lojas e policiamento. Os vários hotéis e pensões do entorno viviam cheios. Tínhamos também uma Subastação Rodoviária, muito útil e prática, tudo isso bem no centro da cidade e com fácil acesso.
Eram muitas as empresas ali instaladas e tínhamos linhas diárias para numerosas cidades do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Goiás e São Paulo. Verdadeiramente, muitas dessas linhas saiam de Araguari e terminavam em Araguari. Agora, as viagens interestaduais usam-nos somente como passagem ou apenas chegam aqui, se e quando houver no ônibus um mínimo de passageiros, o que quase nunca ocorre… Aff!
Eu mesmo viajei de ônibus daqui para muitos lugares: Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Londrina, Goiânia, Patos de Minas, Coromandel. E voltei. Tempos bons eram aqueles, quando a nossa querida cidade de Araguari movimentava-se intensamente na sua pequena e raçuda Estação Rodoviária, influenciando diversas cidades vizinhas. Agora, tudo isto ficou no passado. Somos hoje uma cidade-dormitório, ou quase, que tinha isso, que tinha aquilo. Que triste!
Sem intenção político-partidária alguma, ouso dizer que a nossa Estação Rodoviária é muito mal localizada. Naquela época, foi construída longe do então casario da cidade, dizendo-se que era para incentivar o crescimento para aqueles lados. Pois, bem, a cidade já cresceu e foi mesmo muito além do terminal, sendo agora uma hora boa de ponderar sobre a construção de outro, pois a localização contínua sendo péssima e o acesso ainda difícil para a maioria absoluta dos minguados ou insuficientes usuários
Então, está mesmo na hora de repensar acerca de uma nova Estação Rodoviária, que seja bem localizada, quiçá na beira da BR – 050, ou muito próximo dela, num amplo e livre espaço, acoplando-se um centro de compras (shopping center) e um hotel. Tudo isso de primeira qualidade e jamais meia-boca, como se diz vulgarmente.
•Uma que tenha acesso fácil, rápido e compensador.
•Uma que tenha muitos táxis durante 24 horas contínuas.
•Uma que tenha TV, Internet com WI FI, informações e segurança.
•Uma que tenha iluminação ótima e assentos confortáveis.
•Uma que tenha sanitários limpos e fraldário decente.
•Uma que tenha restaurantes, lanchonetes e guarda-volumes.
•Uma que tenha lojas, barbearia, sorveteria ,engraxataria, coisas assim.
•Uma Estação Rodoviária digna do nome e que orgulhe Araguari;
Como fazer? Falar é fácil! Não há recursos. É o que vão dizer certamente. E deixar o caso de lado, como sempre… Creio que se poderia bancar um investimento desses através de uma PPP, ou seja, de uma parceria público-privada, que daria conta do recado e faria com que Araguari voltasse a ser novamente um pólo regional de saída e de chegada de pessoas por ônibus, centralizando-se na sua Estação Rodoviária e não em restaurantes ao longo da rodovia que nos corta ao meio.
Um sonho? Uma utopia? Talvez! Mas, que não custa nada. Os que sonham e idealizam podem, por vezes, fazer mais ou muito mais do que aqueles que nem mesmo isso conseguem fazer.
Eu sonho com uma Araguari maior. Eu idealizo uma Araguari próspera. Eu luto por uma Araguari pujante. É preciso que tenhamos aqui um bairrismo positivo e não o derrotismo de alguns poucos que sequer sonham ou idealizam. Pior, que nada fazem…!
TENHO DITO!
Araguari – MG, 29 de setembro de 2022.
•Rogério Fernal .`.
Uma nova estação rodoviária:
•Eu não podia deixar de reiterar este assunto. Não podia mesmo!
•Esta matéria foi publicada em 29.09.2022 e agora em 22.06.2023.
•Vem como um desabafo e até mesmo um protesto. Acrescentei um P. S.
Vim de ler na Gazeta do Triângulo –Coluna Radar de Adriano Souza (edição nº 11.237, de 20.06.2023, pág.. 2) a sua narrativa acerca dos problemas estruturais que estariam ocorrendo lá na estação rodoviária, bem como sobre a sua possível e iminente interdição para reformas Vai depender de um laudo técnico já solicitado pela administração pública municipal.
Pois, bem! Passou da hora de mudar- a atual e superada estação rodoviária de Araguari. O prédio não é mais um local adequado para acomodar as necessidades de uma cidade que cresce de maneira firme e constante e que, em breve, irá contar com o HUSF – Hospital Universitário Sagrada Família, do IMEPAC, certamente um dos maiores e mais modernos estabelecimentos hospitalares de Minas Gerais e do Brasil, e que terá uma irrecusável influência regional e trará enorme movimento e afluxo de pessoas de fora.
Antes, na velha e modesta rodoviária, situada na praça da Constituição, tínhamos um, ininterrupto e intenso movimento regional, quando numerosas linhas de ônibus circulavam – saindo daqui e chegando – por todo o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sul de Goiás, e mais além, que asseguravam para Araguari uma liderança e influência regionais que hoje já não existem mais. Podemos superar todo esse atraso e retrocesso. Bastam coragem e uma visão de futuro.
Por que não construir um novo terminal rodoviário através de uma PPP, ou seja, de uma parceria-público privada, modalidade administrativa tão em voga nos dias que correm? Uma estação rodoviária espaçosa, moderna, eficiente e plurimodal, acoplando-se a ela um hotel de primeira classe e um belo shopping center? Tudo isso na margem da BR -050, no sentido Araguari-Uberlândia, facilitando e permitindo um amplo acesso e fácil movimentação através de obras de engenharia?
– Que tal encarar mais este desafio, prefeito Major Renato Carvalho?
Araguari – MG, 22 de junho de 2023.
Rogério Fernal .`.
P. S. (29.06.2023) : Esta expressão em latim lê-se post scriptum. A sigla significa “aquilo que se escreve num texto depois de assinado’. Em bom Português é um pós-escrito. E é exatamente isto que eu desejo fazer em relação ao texto acima, constante da minha Coluna Direito e Justiça, publicado neste jornal Gazeta do Triângulo, Edição nº 11.239, quinta-feira, dia 22.06.2023, pág. 3.
Sei muito bem que não são muitos os que me leem semanalmente, talvez porque achem que eu escrevo de maneira rebuscada e difícil, mas aqueles que o fazem sabem que eu me esforço ao máximo possível, para transmitir coisas boas, relevantes e de bom nível, coisas capazes de sair fora dessas baixarias tão comuns, corriqueiras, useiras e vezeiras de hoje em dia. A estes leitores eu agradeço.
Sei também que a Coluna DJ tem caráter público e aberto; portanto, está no domínio público e a ele pertence, podendo ser reproduzida, comentada e criticada livremente. Todavia, eu peço encarecidamente a qualquer um que vier a ler os seus tópicos, total ou parcialmente, especialmente no rádio, que o faça com maior cuidado e esmero, deixando de lado quaisquer interesses que não os de transmitir tão somente o que eu quis, realmente, comunicar.
Por que é que eu digo isto? Simplesmente porque, em geral, tiram as minhas matérias, sobretudo aquelas que advêm do Pinga-fogo, incluindo esta aqui, “uma nova estação rodoviária”, do seu correto contexto. Se não concordam, o meu respeito. Mas, não desvirtuem, lendo-as de forma apenas parcial ou truncada. Isto não é ético!
Não tive como objetivo transformar o assunto em um autêntico cavalo de batalha. Muito pelo contrário. Tampouco pretendi ou autorizei dar-lhe, eventualmente, qualquer conotação política ou capaz de alfinetar ou de atingir quem quer que seja. Nem se sabe ainda, se haverá mesmo interdição do terminal rodoviário e, se houver, se ela seria total ou parcial. Depois, sonhar com coisas grandes e futurísticas para Araguari, ou seja, sonhar grande, não é crime. Ou será que é? Se for, desculpem-me…!
Expressei apenas uma opinião. A minha opinião. Se e quando forem ler a Coluna DJ, façam uma leitura integral e inteligível, por favor. Quanto ao que aqui se coloca, comentem cada tópico de forma isenta, comparando as situações de quando existia a velha e movimentada rodoviária, lá na praça da Constituição, com a situação atual, reconhecendo que, de fato, perdemos toda a nossa antiga influência regional.
Sim, perdemos! Toda ela. Extinguiram-se numerosas linhas de ônibus; outras nem saem daqui e nem chegam mais aqui, embora tragam indevidamente o nome de Araguari. Na verdade, os nossos verdadeiros terminais rodoviários localizam-se agora nas margens da BR – 050: restaurantes, banheiros, transbordos de passageiros e de cargas, táxis. Parafraseando o famoso personagem Pantaleão, criado pelo genial Chico Anysio, eu indago: “estou mentindo, Tertta”?
Quero, sim, um novo terminal rodoviário. Grande, espaçoso eficiente, moderno e plurimodal, com hotel e shopping center acoplados. Tudo isso via PPP. E repergunto:
– Que tal encarar mais este desafio, prefeito Major Renato Carvalho?
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Eu acho que o povo aqui gosta é do miolinho, saiu do miolinho acabou, eles gostam mesmo é de aglomerar em pequenos espaços. Aquelas pensões e hotéis que tinham ali no passado, aqueles prédios fechados e abandonados é por causa das estações ferroviárias e a rodoviária que chegavam muitas pessoas de fora. O povo aqui são meio resistente a mudanças tem décadas que aqueles ônibus estão ali na porta do mercado, de todo jeito acaba dando um lucro para os comerciantes se tirarem dali vai ser um Deus nos acuda. Se pegassem um local no fim da Teodolino onde tem muitos terrenos daria certo para o terminal de coletivos e até puxaria o movimento para lá.