Casos de doenças respiratórias aumentam no Brasil no período do inverno
Da Redação
Durante o inverno, o aumento dos casos de doenças respiratórias, especialmente em crianças, pode ser atribuído a vários fatores interligados.
Primeiramente, o clima frio e seco pode desidratar as mucosas das vias respiratórias, tornando-as mais suscetíveis a infecções. Além disso, o uso de ar condicionado e sistemas de aquecimento, comuns nessa estação, reduz a umidade do ambiente, o que contribui para a irritação das vias aéreas.
Outro fator relevante é a maior concentração de pessoas em ambientes fechados e mal ventilados, o que facilita a transmissão de vírus e bactérias. As crianças, devido ao seu sistema imunológico ainda em desenvolvimento, são particularmente vulneráveis. A presença constante de germes em locais como escolas e creches também aumenta o risco de propagação de doenças.
Adicionalmente, a menor exposição à luz solar reduz a produção de vitamina D, que é essencial para a função imunológica. Juntas, essas condições criam um ambiente propício para o surgimento e a disseminação de doenças respiratórias durante os meses mais frios.
O vírus sincicial respiratório (VSR) continua a ser a principal causa de hospitalizações e mortes em crianças pequenas, apesar de uma redução recente nos casos, conforme o boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na última quinta-feira (25).
Embora a análise tenha mostrado indícios de uma desaceleração ou até mesmo uma diminuição das hospitalizações por VSR e influenza A, alguns estados das regiões centro-sul ainda registram aumento nos casos de influenza, especialmente entre os idosos, assim como do VSR e rinovírus em crianças em certas áreas do Sul e Sudeste.
O boletim apontou também que alguns estados do Norte registram continuidade do aumento de casos de VSR e rinovírus na população de até 2 anos de idade.
O estudo revela indícios de uma diminuição na incidência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ao longo do tempo nos estados do Acre, Bahia, Minas Gerais e Roraima.
Por outro lado, entre as capitais, cinco apresentam sinais de aumento nos casos de SRAG: Boa Vista, Fortaleza, Rio Branco, Salvador e São Luís.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe Tatiana Portella observa que o cenário atual da SRAG no país é decorrente principalmente dos vírus VSR, influenza A e rinovírus.
“Apesar de o vírus influenza A ainda apresentar crescimento, principalmente em idosos, em alguns estados das regiões Sul e Sudeste, como Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, já é possível observar interrupção do crescimento em alguns estados da região centro-sul”.
Ontem, 29, a reportagem da Gazeta entrou em contato com a secretária de Saúde de Araguari, Thereza Christina Griep para saber como estão os casos de doenças respiratórias no município. Segundo a chefe da pasta de Saúde, Araguari tem registrado aumento nos casos de doenças respiratórias nesse período de seca, principalmente em crianças.
É bom mencionar que, a vacina contra a influenza está disponível nas unidades de saúde de Araguari, para todas as idades.