Da Redação

Uma tentativa de homicídio ocorrida no dia 30 de junho de 2016, no bairro Brasília, deve ter o seu desfecho nesta quinta-feira, a partir de 10h, no Fórum Doutor Oswaldo Pieruccetti, quando dois acusados serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri da Primeira Vara Criminal da Comarca.

Entre os denunciados pelo Ministério Público está Rafael Campos Guimarães, “Perobão”, jogador de futebol amador e comerciante do ramo de restaurante. Ele foi ouvido em Juízo e negou qualquer participação nos fatos, alegando, inclusive, desconhecer o outro réu, que teria sido o responsável por atacar a vítima D. S. G. com arma branca.

A defesa de Rafael irá sustentar a tese da negativa de autoria em razão da ausência de provas e requerer a sua absolvição. No andamento do processo, chegou a pedir para que ele não fosse levado a julgamento, mas não obteve êxito. Também não conseguiu a revogação da preventiva no sentido de que o mesmo aguardasse o júri em liberdade.

A reportagem levantou que Rafael Campos foi acusado de tráfico de drogas em 2010, sendo absolvido. Conforme afirmou no Fórum, ele conhecia D. S., pois este comprava material reciclável em seu comércio. Alegou, ainda, que não tinha qualquer motivo para se envolver na referida tentativa de homicídio.

Conhecido como Perobão, o denunciado, antes de ser preso, em 2017, atuava por equipes do futebol amador, com passagens desde as categorias de base por Araguari Atlético Clube e União Esporte Clube. Também mantinha um restaurante na região do bairro Maria Eugênia.

Em maio do ano passado, ele enviou uma carta à redação da Gazeta do Triângulo, frisando que decidiu procurar a imprensa em razão da plena convicção de sua inocência e por seus familiares estarem sofrendo com a situação. “Toda a população do bairro Brasília conhece a verdadeira história e sabe que não mandei fazer isso. Além de que as testemunhas prestaram depoimentos e não falam a mesma coisa. Quem está mentindo?, ”desabafou Rafael Campos.

A DENÚNCIA

Para o Ministério Público, Rafael Fabiano de Jesus Aguiar, induzido por Rafael Campos Guimarães, previamente ajustado e agindo com unidade de desígnios e comunhão de esforços com outra pessoa (não identificada), tentaram contra a vida da vítima D.S., valendo-se de recurso que dificultou a sua defesa e agindo impelidos pelo motivo torpe e para garantir a impunidade de outros crimes praticados.

A defesa de Rafael Fabiano também deve sustentar a negativa de autoria e pedir a sua absolvição, pela falta de provas dos fatos.