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Saúde Alerta – Você sabia que o Brasil não está preparado para atender pacientes com AVC?

qua, 23 de agosto de 2017 05:13

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Uma pesquisa do Conselho Federal de Medicina indica que 76% dos hospitais públicos onde eles trabalham não apresentam condições adequadas para atender casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Apenas 3% dos serviços avaliados pelos médicos têm estrutura classificada como muito adequada e 21% como adequada, de acordo com estudo divulgado.
Os estados da região Norte são aqueles que apresentam a maior incidência da mortalidade por AVC no país.
No ano passado, quase 177 mil pessoas foram internadas para tratamento de AVC no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. Quase 30 mil pacientes tiveram alta da internação por óbito.
O AVC também é a primeira causa de incapacidade funcional no país e no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O paciente atingido pelo AVC pode ficar com sequelas como dificuldade para se locomover, falar, sofrer paralisia em um dos lados do corpo e perda de algumas funções neurológicas, entre outras.
AVC tem tratamento, mas é uma emergência médica, o tratamento é extremamente efetivo, mas se for dado nas primeiras horas. Depois de 24 horas não tem mais o que fazer, na verdade é tratar a sequela e evitar complicação.
Mais conhecido popularmente como derrame, o AVC (acidente vascular cerebral) é geralmente causado pela obstrução (isquêmico) ou ruptura (hemorrágico) das artérias que irrigam o cérebro. Mesmo se tratando da doença que mais mata e incapacita a população no país, parcela considerável da população ainda desconhece os sintomas do AVC. Os especialistas alertam que esse desconhecimento costuma prejudicar o tratamento e a prevenção da doença.
É extremamente importante a população ter ciência de que o diagnóstico rápido do AVC e o início célere do tratamento reduzem significativamente as chances de complicações, o desenvolvimento de sequelas e até o risco de morte.
É muito importante a pessoa saber detectar o AVC. Quanto menor o tempo entre o aparecimento dos sintomas e o começo do tratamento adequado menor a lesão cerebral. Ao contrário do que uma parcela da população pensa essa é uma doença tratável.
A divulgação continuada de avaliar o sorriso, o abraço, o cantar para identificar alterações repentinas e o ato de acionar uma ambulância ou transporte o mais rápido possível tem contribuído, segundo o especialista, para uma sensível melhora da resposta do público aos sintomas de um AVC.
Os sinais e sintomas de um AVC, geralmente, são fraqueza, diminuição da coordenação motora, dormência repentina de um lado do corpo, perda visual repentina, dificuldade para falar e entender, tontura e dor de cabeça muito forte e persistente sem motivo aparente. Esse sinais e sintomas, que podem ser únicos ou combinados, costumam surgir de forma súbita.
A maioria dos derrames ocorre em maiores de 65 anos. Entretanto os especialistas têm alertado que o acidente vascular cerebral tem atingido um número cada vez mais expressivo de jovens. Uma das explicações é uma maior exposição a fatores considerados de risco a exemplo de colesterol alto, diabetes, sedentarismo, tabagismo, obesidade e hipertensão.
O fato de não estar se sentindo mal, não é uma garantia que a pessoa esteja realmente bem de saúde. Por isso é importante fazer avaliação médica periódica com medição da pressão e uma busca dos fatores de risco para não ser surpreendido com o AVC.

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