Quinta-feira, 09 de Maio de 2024 Fazer o Login

O novo coronelismo e a pulverização dos votos, por Rogério Fernal

qui, 16 de outubro de 2014 00:01

abertura Direito e Justiça

Como sempre, muitos foram os candidatos. Isso é inevitável, irreversível e insuscetível de consenso ou de transacão. O movimento “Araguari, eu voto por ti” (ou coisa que o valha) nasceu morto e inviável, pois os interesses postos em jogo são enormes e irrenunciáveis (… e muitas vezes escusos e inconfessáveis). Ninguém se mostra disposto a reconhecer a própria falta de densidade eleitoral (… e por vezes a ficha suja), e todos almejam a conquista do poder, nem sempre por amor verdadeiro à coisa pública. Nesse quadro volátil e de falsidade ideológica, do toma lá dá cá, ninguém será aliado fiel de ninguém, e os votos irão pulverizar-se entre os muitos e avulsos postulantes.

Nos dias atuais, persiste o coronelismo do passado. A grande diferença reside na perversidade dos instrumentos usados por essa nova e influente figura, ocupando todos os espaços diante da fragilidade e envelhecimento das instituições, por ele próprio inibidas de acompanharem o processo de modernização do País.

É a figura do comprador de votos, também “coronel” pelo dinheiro, adquirindo mandatos populares pela distribuição de propinas a um novo tipo de proxeneta, mudando a cada nova eleição de distrito ou de região, omitindo-se na promoção de melhoramentos sociais e coletivos, especialmente nos municípios. Via de regra, torna-se “sócio” dos orçamentos públicos.

O rosto do novo coronelismo apresenta-se em sua forma mais cruel, fazendo dos partidos mera estação de passagem pela prática daquilo que se pode definir como “prostituição política”. Transformou eleições em balcão, votos em mercadoria, consciências em terreno baldio. Até mesmo disseram (sem literalidade e identificação): “haverá de chegar o dia em que o homem (de bem) terá vergonha de ser (ou de dizer-se) honesto… Pois, eu digo (sem medo de errar): este dia já chegou.

Araguari, como não poderia deixar de ser, teve as suas “patentes compradas”, ou seja, os seus capitães, majores e coronéis, bastando andar-se pela cidade, a pé ou de carro, dando-se uma olhadela nos nomes de algumas das nossas ruas e avenidas principais. E, por incrível que possa parecer, há gente que se refere com saudade, orgulho, e até ufanismo, àqueles tempos rígidos do “imobilismo”, do “mandonismo” e do “afilhadismo” araguarino.

Ah, mas talvez haja de fato uma razão plausível (embora injustificável) para tais atitudes simpáticas (e simplórias) ao “coronelismo de antanho”! Ao menos, diziam (e ainda dizem) esses adeptos, lutava-se e barganhavam-se por “favores” junto aos governos centrais (estadual e federal) e mendigavam-se alguns ostensivos e visíveis “melhoramentos” para a “nossa terra”. Naqueles idos, a palavra empenhada — pelo menos isso — era garantida por um fio de barba, não existindo a necessidade da enxurrada de documentos representativos de compromissos contratuais ou creditícios. Por fim, disseram também que “a política abomina as traições e os traidores”. SERÁ MESMO VERDADE?

Para bem entendedor, um pingo é letra…!!!
.

 Expressões Latinas Ainda em Uso:

·Mora acciopiendi:        Mora (demora) do credor.
·More uxório:            Concubinato (morar sob o mesmo teto).
·Motu próprio:        Por iniciativa própria.
·Mutatis mutandis:        Mude-se o que deve ser mudado.
·Nihil obstat:            Nada obsta (nada impede).
·Quorum:            Número mínimo para funcionamento de órgão colegiado.
·Ratione loci:            Em razão do lugar;
·Ratione personae:        Em razão da pessoa.
·Rebus sic stantibus:        Mesmo estado de coisas.
·Reformatio in pejus:    Reforma para pior (v.g. da pena aplicada).
·Reformatio in melius:    Reforma para melhor (da sentença / da pena aplicada).
·Res derelicta:        Coisa abandonada.
·Res furtiva:            Coisa furtada.
·Res ipsa:            Diz-se do dolo presumido.
·Res judicata:            Coisa julgada.
.

Shopping Center de Maridos

Havia um “Shopping Center de Maridos”, onde as mulheres podiam escolher os seus maridos entre várias opções de homens. O shopping era dotado de cinco andares, sendo que as qualidades dos homens cresciam nos andares mais altos. A única regra era que, uma vez em um andar, não se poderia mais descer; deveria escolher um homem do andar, subir ao próximo ou ir embora. Nisso, uma dupla de amigas foi até o shopping.

    1º andar — Um aviso na entrada dizia “Os homens deste andar trabalham e gostam de crianças”. Uma das amigas disse para a outra:
– Bem, é melhor do que ser desempregado ou não gostar de crianças; mas como serão os homens do próximo andar?  — Então, elas subiram as escadas.

2º andar — “Os homens deste andar trabalham, têm excelentes salários, gostam de crianças e são muito bonitos”.
– Viu só?  — diz uma delas — Como serão então os homens do próximo andar? – Então elas subiram as escadas.

    3º andar  – “Os homens deste andar trabalham, têm excelentes salários, gostam de crianças, são muito bonitos e ajudam no serviço doméstico”.
– Nossa!  — diz a mulher — Muito tentador, mas como serão os homens do próximo andar? – Então elas subiram as escadas.

    4º andar   —  “Os homens deste andar trabalham, têm excelentes salários, gostam de crianças, são muito bonitos, ajudam no serviço doméstico e são ótimos amantes”.
– Meu Deus, pense! O que será que nos aguarda no quinto andar?  — Então elas subiram até o quinto andar.

    5º andar  — A placa na porta do andar vazio dizia:
“ESTE ANDAR SERVE SOMENTE PARA PROVAR QUE É IMPOSSÍVEL SATISFAZER AS MULHERES. POR FAVOR, SIGA ATÉ A SAIDA E TENHA UM BOM DIA”.

       FONTE: Parábolas Eternas  –  LEGRAND,
                Solar Editora,  – Belo Horizonte – MG, págs. 90/91.

·Rogério Fernal:
Juiz de Direito aposentado. Ex-Professor Universítário de Direito, Advogado militante, Mestre Maçom, conferencista e articulista.

Nenhum comentário

Deixe seu comentário: