Da Redação

Unidade de Araguari continua abarrotada de presos da cidade e região

O Presídio de Araguari é um dos mais importantes de Minas Gerais, se localizando em posição estratégica no Triângulo, próximo ao estado de Goiás. Recebe presos da cidade e região, envolvidos em todos os tipos de delitos. Hoje, são quase 400 matriculados na unidade, conforme levantado pela Gazeta do Triângulo. A capacidade é para pouco mais de 170 reclusos.

 

Números extraoficiais apontam que pelo menos 50 presos possuem envolvimento em crimes contra a vida (homicídios tentados e consumados) sendo 44 homens e seis mulheres – maior parte capturada em Araguari.

Ainda segundo apurado, a grande parcela dos internos na unidade tem algum tipo de relação com o tráfico de entorpecentes e delitos contra o patrimônio, como furtos e roubos.

Outro detalhe importante é que uma quantidade considerável se encontra atrás das grades à espera de um julgamento definitivo. Muitos presos foram levados ao estabelecimento mediante mandados de prisão preventiva. Hoje, são 393 presos (27 na ala feminina) e 38 albergados.

Recentemente, o presídio local e de outros municípios mineiros passaram pelo mutirão carcerário do TJMG, o qual levantou que mais de 90% das unidades apresentam superlotação e pelo menos 50% precisaram ser interditadas.

A situação de Araguari é calamitosa há muitos anos, ao ponto de o Ministério Público de Minas Gerais solicitar à Justiça a interdição parcial do estabelecimento, inclusive proibindo a entrada de novos presos.

Atualmente, há um déficit de 34 mil vagas nas carceragens administradas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Em 2014, Minas Gerais tinha quase 50 mil presos. Em 2019, são mais 75 mil matriculados nas unidades.