Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos – não importa o nome que damos o que importa é relembrar histórias que marcaram a vida de milhares de pessoas. Em 1992 o Opala deu seus últimos suspiros, quando a GM – em 16 de abril de 1992, anunciava o fim da sua produção. Naquela data, chegou-se à marca de um milhão de Opalas fabricados no país.

 

A Grande Família – Em 1966, o primeiro modelo foi batizado de 676 da GM do Brasil, seu pai, era um velho conhecido chamado Opel Rekord. O primogênito, entretanto, somente foi apresentado ao público no VI Salão do Automóvel, realizado em 1968: o Chevrolet Opala, resultado de mais de dois anos foi a grande vedete do evento. O carro foi lançado em duas versões, Opala e Opala De Luxo, equipadas com também duas motorizações, um 4 e 6 cilindros. Para muitos, este é um dos segredos do Opala, pois acredite, são motores duráveis que não requerem muita manutenção. Em junho de 1970 foram lançados outros quatro modelos: o Opala Especial (standard), o Opala de Luxo (intermediário), o Opala Gran Luxo versão mais luxuosa com acabamento requintado e o Opala SS. Este último é esportivo e o mais procurado pelos colecionadores.

 

Vale ressaltar que, a sigla SS quer dizer “Separed Seats”, que em português significa “assentos separados”.  Ao que se comenta a fusão entre Opel (divisão da GM na Europa) e Impala. A própria GM admite que não havia ainda definido o nome, apenas sugestões até quando caiu na rápida popularização levando à aprovação da escolha. Nesta época o consumidor teria que optar entre um carro grande e caro como o Galaxi e modelos obsoletos como da Simca, por exemplo, assim, o Opala se encaixou no meio desses dois grupos.

Destaques e Premiações – Em menos de um ano após seu lançamento, o Opala alcançou a marca dos 10 mil carros produzidos. Em 1970 o modelo Luxo recebeu o troféu de carro mais perfeito do ano dado pelo programa “Carro é Notícia” da TV Rio canal 13. Em 1975 a GM comemorava 50 anos de Brasil e estilizou a linha Opala dando lugar ao luxuoso Chevrolet Opala Comodoro, com o teto em vinil Las Vegas, disponível somente na versão Coupé. O “xodó” do ano foi o lançamento da Wagon Opala Caravan, sendo escolhido pela revista Auto Esporte como “O melhor carro fabricado em 1975”.

Após o anúncio da GM sobre a descontinuação da linha, fãs passavam buzinando e protestando diante da portaria principal da empresa General Motors em São Caetano do Sul – SP. No ano seguinte deu lugar a outro automóvel chamado Omega, que por sua vez conseguiu substituí-lo nas concessionárias, mas jamais no coração dos brasileiros, que ainda hoje cultuam este grande carro e mantém um bom índice de venda no mercado de usados. Nenhum carro deixou tanta saudade nos brasileiros como o Opala, mostrando que Opala é único e inesquecível.

Chevrolet Opala 19/11/1968 – 16/04/1992

Fonte: Revista Classic Show Magazine