Direito e Justiça
qui, 19 de setembro de 2019 05:01Doações para a Biblioteca Pública Municipal:
- 1. O Arqueiro
(A busca do graal – Livro I).
Bernard Cornwell = Editora Record.
- 2. O Rei do Inverno
(Crônicas de Artur – Volume I).
Bernard Cornwell = Editora Record.
- 3. O Último Reino
(Crônicas Saxônicas – Volume I).
Bernard Cornwell = Editora Record.
- 4. O Mito de Lincoln
Steve Berry = Editora Record.
(A doadora pediu anonimato)
- 5. A Filha do Reich
Paulo Stucchi = Editora Jangada.
(A doadora pediu anonimato)
- 6. A Garota no Gelo
Robert Bryndza = Editora Gutenberg.
(A doadora pediu anonimato)
- 7. A Garota do Lago
Charlie Donlea = Faro Editorial.
(A doadora pediu anonimato)
- 8. 15:17 Trem Para Paris
Anthony Salder (e outros) = Editora Best Seller.
(A doadora pediu anonimato)
A (verdadeira) Justiça
Reiterando matéria da DJ de 2.10.2003
Amina é absolvida e escapa de apedrejamento na Nigéria.
O Tribunal de Apelação Islâmico de Katsima, no Norte da Nigéria, acatou os argumentos da defesa e decidiu ontem absolver Amina Lawal, condenada à morte por apedrejamento, em primeira instância, sob acusação de ter dado à luz uma criança fruto de adultério. A Corte concluiu que o tribunal de Funtua, que confirmara a condenação da suposta adúltera, na primeira apelação, cometeu equívoco ao não autorizá-la a se retratar das confissões que fez durante o processo de primeira instância, em março. O veredicto, no entanto, não foi unânime. Um dos cinco juízes votou pela confirmação da pena de morte, de acordo com a Charia (lei islâmica). Amina Lawal tem 31 anos e saiu do tribunal livre para viver a vida como quiser e criar a filha. A Charia vigora em 12 Estados do Norte da Nigéria, onde a população é majoritariamente muçulmana.
FONTE: ESTADO DE MINAS, edição de 26.9.2003, pág. 17.
OBSERVAÇÕES:
1ª) – A absolvição não decorreu da magnanimidade dos “senhores sobre-juízes nigerianos”, mas da repulsa e da pressão internacionais, feitas sobre o governo da Nigéria, inclusive com ameaças de represálias, incluindo-se nelas o boicote comercial e o isolamento político.
2ª) – Este não é o primeiro caso de aplicação da Charia (a draconiana lei islâmica, para os “nossos” termos ocidentais) e nem haverá de ser o último. Gostaria muitíssimo de poder “encher a minha boca” e chamar aqueles africanos de imbecis, estúpidos, boçais, retrógrados, incivilizados, trogloditas. Todavia, em meu país, o Brasil, o telhado ainda é de vidro, e, por isso mesmo, prefiro calar-me…
3ª) – A Justiça, diziam os romanos, com sabedoria, consiste em “dar a cada um aquilo que é seu”. E, atrevo-me a ir além: é fazer Justiça dar o prêmio a quem o mereceu, como também é fazer Justiça dar o castigo a quem praticou o mal e gerou sequelas. Nem mais, nem menos. Est modus in rebus, dizia Horácio, pois, na verdade, todas as coisas têm e devem ter, a sua (justa) medida. Se punir em excesso, constitui crua injustiça, deixar de punir, ou punir de menos, também constitui injustiça.
4ª) – A falta de Justiça, por ausência, negativa ou insuficiência dela, em quaisquer locais ou circunstâncias de vida, em outras palavras, a impunidade que grassa entre nós, é causa primária e maior do crime, instigadora ou incitadora do criminoso, punidora das vítimas, desmoralizadora dos julgamentos e dos julgadores.
5ª) – Se podemos considerar certo que não é justo punir-se Amina pelo que ela fez, ou melhor, pelo que ela não fez, porém, é também certo se considerar injusto não se punir o homicídio confessado, premeditado, covarde e desnecessário, ou, em moldes menores, as figuras criminosas também menores.
6ª ) – Se a vingança (ainda) existe é exatamente porque, em algum momento da vida social, faltou justiça, total ou parcialmente, deixando o Estado de cumprir, na devida forma, o seu papel crucial de compor os litígios, dando a cada um dos seus cidadãos o que é seu, inclusive a merecida punição.
7ª) – Por tudo isto, não me sinto, infelizmente, em uma situação, ou posição, confortável capaz de permitir-me tecer críticas aos “irmãos nigerianos”. Gostaria muito de ter podido fazê-lo, mas prefiro pisar no meu próprio rabo, como tantos outros brasileiros também terão que fazer …
OBSERVAÇÕES ATUAIS
Por vezes, me pego muitíssimo (mal) impressionado, quando transcrevo trechos de Colunas DJ de muitos e muitos anos atrás, como este acima com as observações daquela época e aplicáveis ao nosso País.
É deveras lamentável ter que dizer e reconhecer: nada permaneceu igual, muito menos melhorou. Pior: piorou. Definitivamente, o crime “organizou-se”, recrudesceu de forma bruta, geral e abrangente; enquanto isso, a sociedade desorganizou-se, perdeu ou rejeitou valores antigos e encontra-se quase que inteiramente indefesa.
As instituições estão falhando, falindo, soçobrando. Nossos governantes, nossos legisladores, nossos magistrados não mais se entendem, pois não falam a mesma língua; muitos perderam o rumo, a autoridade legítima, o senso crítico do ridículo. Não mais se entendem. As leis em todos os níveis da nossa federação, em grande medida, são inúteis, irrelevantes ou supérfluas, injustas e despidas de civismo e de patriotismo mínimos.
Enfim, estamos em uma autêntica encruzilhada, estamos na hora H para decidirmos os rumos do povo brasileiro, seja para o bem seja para o mal; não há mais tempo e espaço para evitar o inevitável; não dá mais para ficar em cima de um muro ou enfiar a cabeça sob a terra. Não dá mais…
– Pois, queiram ou não admitir, o Brasil chegou, enfim, ao fundo do poço.
Shopping Center de Maridos
Havia um “Shopping Center de Maridos”, onde as mulheres podiam escolher os seus maridos entre várias opções de homens. O shopping possuía cinco andares, sendo que as qualidades dos homens cresciam nos andares mais altos. A única regra era que, uma vez em um andar, não se poderia mais descer; deveria escolher um homem do andar, subir ao próximo ou ir embora. Nisso, uma dupla de amigas foi até o shopping.
1º andar — Um aviso na entrada dizia: -“Os homens deste andar trabalham e gostam de crianças.” Uma das amigas disse para a outra:
– Bem, é melhor do que ser desempregado ou não gostar de crianças; mas como serão os homens do próximo andar? — Então, elas subiram as escadas.
2º andar — “Os homens deste andar trabalham, têm excelentes salários, gostam de crianças e são muito bonitos”.
– Viu só? — diz uma delas — Como serão então os homens do próximo andar? – Então elas subiram as escadas.
3º andar – “Os homens deste andar trabalham, têm excelentes salários, gostam de crianças, são muito bonitos e ajudam no serviço doméstico”.
– Nossa! — diz a mulher — Muito tentador, mas como serão os homens do próximo andar? – Então elas subiram as escadas.
4º andar — “Os homens deste andar trabalham, têm excelentes salários, gostam de crianças, são muito bonitos, ajudam no serviço doméstico e são ótimos amantes”.
– Meu Deus, pense! O que será que nos aguarda no quinto andar? — Então elas subiram até o quinto andar.
5º andar — A placa na porta do andar vazio dizia:
“ESTE ANDAR SERVE SOMENTE PARA PROVAR QUE É IMPOSSÍVEL SATISFAZER AS MULHERES. POR FAVOR, SIGA ATÉ A SAÍDA E TENHA UM BOM DIA”.
FONTE: Parábolas Eternas – LEGRAND,
Solar Editora, – Belo Horizonte – MG, págs. 90/91.
DIREITO E JUSTIÇA:
Viram só? É mesmo como o povo diz: “quem tudo quer tudo perde”…
Nunca existiu, não existe e não existirá sequer um homem que seja perfeito. Nem mulher… Portanto, contente-se com aquele ou aquela que você tem em casa. Não perca o seu tempo e pare de cobiçar o alheio ou a alheia.
O primeiro andar é o factível, o verossímil, o que mais espelha a realidade, o que nos apresenta de fato, em precisa medida, a qualidade e a quantidade dos homens e das mulheres que temos andando por aí, tanto. Mas, não! As duas amigas queriam o impossível, ou seja, alcançar a sublimação absoluta e subiram até o quinto andar simplesmente para dar com os burros n’água.
Portanto, homem perfeito não existe.
Tampouco, mulher perfeita existe.
Se você discorda, vá em frente:
– Suba ao quinto andar, saia e tenha um bom dia. Mané. Marmota.
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