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Direito e Justiça

qui, 1 de agosto de 2019 05:59

Abertura-direito-e-justica

                        Mais uma vez, relembro os seguintes ditos populares:

  • Para (a nossa) reflexão
  • A voz do povo é a voz de Deus.
  • -Não vá o sapateiro além das suas sandálias.
  • -Não vá o alfaiate além das suas agulhas.
  • -Quem não tem competência não se estabeleça.
  • -Em boca fechada não entra mosquito.
  • A palavra é (ou vale) prata; o silêncio é (ou vale) ouro.
  • Quem tudo quer tudo perde.
  • Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
  • Em terra de cego quem tem um olho é rei.
  • Se quiser saber o caráter de uma pessoa, dê poder a ela.
  • Entre a Justiça e o Direito prefira (ou fique) com a Justiça.
  • Justitia semper; jus seper.

Justiça sempre; Direito às vezes.

O povo brasileiro exige o fim da corrupção:

  • Relembrando a Coluna DJ de 1º.9.2005.

O Congresso Nacional, até mesmo por uma questão de pura sobrevivência institucional ou política, deverá estar à altura deste momento histórico por que passa o Brasil. O povo brasileiro não aceita mais esses atos vis, escancarados e escandalosos de corrupção, de degradação moral, de surrupio da coisa pública, de acinte à vontade soberana da nação, perpetrados por nossos “homens públicos”. Cabeças terão de rolar! E, que sejam muitas…!

Houve “mensalão”, sim, existiu, sim, a compra e a venda de votos, e ocorreu o vergonhoso manuseio fraudulento das votações e dos resultados congressuais, temos corruptores e outros tantos corrompidos. Está mais do que provado o chamado “caixa 2”, realizado através da utilização e da distribuição de milhões de reais, escoados pelo “valerioduto”, e  que provavelmente adveio de recursos subtraídos das empresas estatais e dos fundos de pensão.

E, como bem diz a Nobre Deputada Federal Denise Frossard (quem não ouviu falar dela?), não há, de fato, um “crime de caixa 2”; há, isto sim e no mínimo, crime organizado, de quadrilha ou bando, de corrupção contra a Administração Pública, de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas. As CPIs, mesmo tendo atribuições de caráter judicial, não são órgãos judicantes, ou seja, que integrem formalmente a estrutura organizacional do poder Judiciário, e, portanto, as suas decisões podem e devem ser “políticas”, calcadas nas regras próprias e pertinentes do Código de Ética, Disciplina e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, sem prejuízo algum para a posterior atuação do Ministério Público na esfera judiciária criminal.

Há indícios e provas mais do que suficientes, orais e documentais, para que se proceda à cassação de pelo menos trinta deputados federais e de meia dúzia de senadores. Por enquanto! E, se isto não se fizer pelos seus próprios “pares”, o eleitor brasileiro, no ano que vem, certamente deverá “caçar” (e também cassar os mandatos) nas urnas “pelo menos” uns trezentos desses atuais congressistas, que não ligam ou apuram os seus “desconfiômetros”, deixando de escutar e de ouvir a “voz rouca do povo, que clama nas ruas pela restauração da moralidade pública”, fazendo-o, por enquanto, de forma tímida, discreta, controlada e pacífica. Por enquanto!

Nas pegadas de um “salvador da pátria”:

  • Relembrando a Coluna DJ de 1º.9.2005.           

Infelizmente e salvo um melhor juízo, toda essa coisa ruim e deplorável aplica-se e cai como uma luva sobre a pessoa do Presidente Lula, ao menos neste atual momento histórico e contexto político,  parecendo-me que ele está totalmente alheio por despreparo ou por considerar-se imune ou inatingível, ao fogaréu que se forma e que se alastra ao seu redor e o ameaça chamuscar ou queimar grave e irremediavelmente, esfacelando e inviabilizando de vez o seu mandato, e, muito pior do que isso, mandando para o “lixo da História” toda a sua “decantada biografia”.

Ao invés, de discursar de improviso e de forma irada e grandiloquente, resvalando para o ridículo, para o bufo, deveria o nosso maior Magistrado ler e ater-se aos textos curtos, comedidos, previamente preparados, bem preparados, por sinal, e condizentes no linguajar decorrente da sua parca condição cultural. Nada de mais!

Isto seria até mais eficaz, mais aceitável e muito mais confiável da sua parte. Queríamos que o Lula fosse aquilo que ele foi e do jeito como se apresentou a nós no decorrer da última campanha eleitoral para presidente. Ou isso foi apenas uma manobra genial de marketing, engendrada por seu ex-marqueteiro Duda Mendonça?

Agora, querer comparar-se a grandes vultos históricos brasileiros, afirmando-se perseguido, injustiçado, caluniado, como o foram Getúlio (Dornelles) Vargas e Juscelino Kubitschek (de Oliveira) é demais! Extrapola!

Em primeiro lugar, Lula não foi, não é, e duvido muito que venha a ser a partir de agora  — e, como eles antes foram –, um verdadeiro ESTADISTA, um líder nacional incontestável, respeitado, querido e amado, por vezes detestado, mas sempre reconhecido como tal, e que, depois da sua morte, que se espera venha a ser daqui a muito tempo e proveniente de causas naturais,  venha a ser lembrado e reverenciado — como eles ainda o são —  pela maioria absoluta da nossa gente, tendo por direito próprio uma entrada solene e perene, pela larga porta da frente, no panteão da História do Brasil.

Todavia, quero crer que Lula passará rapidamente pela nossa História e deixará poucas lembranças boas, caso não altere, rapidamente e por completo, esse seu irascível, incompreensível, inaceitável, imoderado e arrogante comportamento.

Getúlio Vargas, gaúcho de Bagé, foi quem concedeu os primeiros direitos trabalhistas, foi quem instituiu a previdência social, foi quem preservou a integridade do Brasil na Segunda Guerra Mundial,  foi quem criou a Companhia Siderúrgica Nacional, base de toda a nossa moderna industrialização, foi quem, eleito pelo voto popular, em 1950, redimiu-se por completo ao final da sua longa vida pública, que teve mais acertos do que erros, tendo conseguido  “sair da vida para entrar na História”.

Juscelino Kubitschek, mineiro de Diamantina, foi o construtor de Brasília, da Rodovia Belém-Brasília, das Usinas Hidrelétricas de Três Marias e de Furnas, foi quem nos trouxe a indústria automobilística, foi o democrata, o conciliador, o líder republicano por excelência, foi amado e respeitado, até mesmo pelos seus adversários mais ferrenhos, aos quais jamais perseguiu, combateu o bom combate e viveu por suas ideias, e, até hoje, ainda se lamenta o seu precoce desaparecimento, porque foi ele quem fez  o Brasil (efetivamente) “progredir 50 anos em 5”.

OPINIÃO DA COLUNA DIREITO E JUSTIÇA:

É assombroso, quase inacreditável mesmo, o quanto esse meu texto acima transcrito, originalmente do ano de 2005, ainda se mantém atual e preciso, quase que profético, inclusive e especialmente no que diz respeito à pessoa do ex-presidente Lula, hoje em dia um personagem degradado, transformado em patético presidiário, recolhido às dependências da Polícia Federal na cidade de Curitiba, por fatos amplamente conhecidos e divulgados.

Queiramos ou não admitir, ele arruinou de fato a sua “estupenda biografia”, vindo a exercer um segundo mandato presidencial, apoiando por duas vezes consecutivas, desnecessária e tolamente,  uma “desastrada e pífia presidenta”, derrubada a final, e ele mesmo, sendo engolfado (não bastasse o mensalão) pelo redemoinho letal e fatídico do chamado petrolão, que ainda se desdobra ativamente através da Operação Lava Jato.

O sonho de conservação do poder, por 20 ou 30 anos,  tornou-se inglório e canibal, substituindo-se por um mandato-tampão, esse também cheio de tropeços, de mixórdias e de sobressaltos, desaguando por fim em eleições atípicas, salpicadas pela tragédia de um quase assassinato, elevando-se ao poder, quase que por isso, mas também por falta absoluta de opção, um personagem tão ruim e embrutecido quanto aqueles a que vinha suceder.

Pois é isso aí! Sem mais e sem menos! Sem pôr e nem tirar! Vivemos tempos quixotescos, onde pululam figuras análogas às de Dom Quixote e de Sancho Pança, com moinhos de vento a guisa de gigantes por toda parte. Salvo engano, o cavalo do líder sonhador chamava-se Rocinante, talvez o mais inteligente do trio itinerante. Tinha, ao menos, a sensatez plena de um bom cavalo: ia sempre para onde lhe apontavam e safou-se bem e de tudo no final da estória. Por aqui, estamos a precisar de cavalgaduras como essa de quatro patas, pois as de duas (patas) desandaram completamente.

Todo dia é uma crise nova, um palavreado chulo e estapafúrdio, um ataque gratuito e nem sempre merecido. Trocamos um populista por outro, um alienado por um cretino, um esquerdista por um direitista e na linguagem animal, eu poderia dizer que “trocamos uma besta por uma mula”.

Não quero profetizar e nem antever, sequer o futuro próximo, pois se torna perigoso o que possa vir por aí nos próximos anos. Praza a Deus que o nosso País tenha brio e coragem suficientes para evitar ou impedir o pior. Praza a Deus…!

2 Comentários

  1. BRUKUTU SINCERO (ERNANE Ferreira da Silva Júnior) disse:

    Admiro muito o senhor, sempre com opiniões inteligente e objetiva

  2. JOÃO JORGE FILHO disse:

    TEXTO, ARTIGO SIMPLESMENTE FANTÁSTICO. PARABÉNS.

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