Desde que a pandemia de Covid-19 foi decretada mundialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda nos primeiros meses de 2020, as sociedades de todos os países passaram a sofrer impactos sociais e econômicos consideráveis.

Com a chegada da vacina contra a doença, que começou a ser aplicada no fim de 2020 em alguns países, a esperança retornou e a confiança na boa ciência cresceu ainda mais no conceito da população, principalmente no Brasil. Pelo menos é o que indica uma pesquisa da Ipsos (setembro de 2021) feita em 13 países e que apontou que o Brasil é onde a população está mais disposta a se vacinar contra a Covid-19, sendo que 96% dos brasileiros entrevistados disseram querer receber a proteção.

 

De acordo com as indicações da ciência e de especialistas na área, a prefeitura de Araguari se alinhou com a tendência dessa ala científica e realizou, neste ano de 2021, uma das maiores campanhas de vacinação da história do município. Atualmente, já são mais de 98 mil pessoas imunizadas com pelo menos a primeira dose na cidade.

Diante disso, o prefeito Renato Carvalho (Republicanos), visando garantir a continuidade da vacinação, determinou que seja feito um revezamento entre servidores da saúde, que continuam, até o dia 30 de dezembro, com exceção dos fins de semana, realizando aplicações de primeiras, segundas e terceiras doses na população nas UBSF Gurierrez, Paraíso e Maria Eugênia. “A vacinação é a prioridade do momento, […] é o meio mais eficiente e mais seguro para se proteger”, disse o chefe do Executivo municipal.

Inclusive, a vacinação em crianças, conforme as informações atuais e decisões da Anvisa, é segura e recomendada por especialistas. “Vacinar crianças se torna cada vez mais urgente”, diz Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

No que diz respeito ao cenário da pandemia de Covid-19 na cidade, dados da Saúde revelam que a doença começou a recuar significativamente após a imunização, que teve início, no município, em data próxima ao fim de janeiro de 2021.

O pico de óbitos no ano de 2021 ocorreu no início de fevereiro, refletindo o resultado das aglomerações de fim de ano, quando 20 pessoas morreram contaminadas com o coronavírus em Araguari em uma única semana. As semanas seguintes seguiram registrando uma média de 18 óbitos a cada sete dias, até o mês de abril. Em maio, as mortes ocasionadas pelo vírus caíram pela metade em relação aos três meses anteriores.

Já o pico de casos confirmados de infecção pelo coronavírus na cidade foi registrado em maio, com 508 casos positivos em uma única semana. Na semana epidemiológica anterior haviam sido registrados 422 casos positivos. Em fevereiro, no início do mês, chegaram a ser contabilizados 479 casos. É importante ressaltar que, em novembro e dezembro de 2021, algumas semanas chegaram a registrar apenas 11 e 18 casos positivos em uma semana. Não houve óbitos contabilizados para a doença durante o mês de dezembro.

As informações da Saúde mostram que, em uma lógica de correlação, os casos positivos de contaminados e óbitos causados pela doença atingiam seu pico enquanto a vacinação estava no início. Porém, em períodos com a maior parte da população imunizada, a doença recuou a um nível considerável, o que também confirma, na prática, a eficácia e a segurança dos imunizantes já aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e utilizados na população. Vacinas como a CoronaVac, a Pfizer, a Janssen e a AstraZeneca são um símbolo da boa ciência e da importância dos avanços em estudos em virologia e imunologia.

Os números em 2021, durante a pior fase da pandemia de Covid-19, chegaram a superar os registros no ano de 2020.

Apesar de todos os números favoráveis, é muito importante que os cuidados sanitários sejam mantidos neste fim de ano para evitar novos surtos da doença. As recomendações são de que as festividades sejam realizadas em família, dentro de casa. Os governos municipais, em geral, já vêm anunciando cancelamento de celebrações de rua desde novembro. Em Araguari, não haverá Réveillon 2022 realizado pela administração pública.