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Comerciantes araguarinos e população de baixa renda podem negociar contas de luz atrasadas com condições especiais

sáb, 24 de abril de 2021 13:01

Da Redação

Comerciantes afetados pela pandemia podem ser beneficiados por novas condições de parcelamento de dívidas na CEMIG

A crise econômica resultada da pandemia da Covid-19 tem sido implacável. Por exemplo, mais da metade dos lares pelo país apresentam insegurança alimentar e em 15% dos domicílios há fome e falta de alimentos, segundo levantamento de grupo de pesquisadores da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e com a Universidade de Brasília.

Diante de um cenário de incertezas e de escassez, como retratado pelos dados desse levantamento, e considerando que em Minas Gerais os efeitos da crise também são perceptíveis, o governo mineiro anunciou medidas que visam alcançar populações de baixa renda e comerciantes afetados pela pandemia do novo coronavírus.

As condições especiais abarcam o parcelamento de dívidas dos clientes da Cemig (conta de luz) e da Copasa (conta de água). É importante ressaltar que as contas de água em Araguari são regulamentadas pela SAE (Superintendência de Água e Esgoto), que é uma autarquia municipal, e não se enquadra nas condições anunciadas.

As condições especiais valem para consumidores cadastrados no Programa da Tarifa Social, prestadores de serviços e comerciantes. Os planos apresentados pelas empresas de energia e água garantem a isenção de juros e o parcelamento via fatura própria. Além disso, neste novo modelo não é necessário dar entrada nas negociações.  Os comerciantes que possuem dívidas de contas luz poderão parcelar os débitos sem entrada e em até 12 vezes sem juros.

Restaurantes, bares, padarias, casas de material de construção e diversos outros comércios de pequeno e médio porte, além de prestadores de serviços, como chaveiros e salões de beleza e estética, poderão solicitar o parcelamento de seus débitos. Os setores que foram fortemente impactados pela paralisação das atividades econômicas poderão se beneficiar do novo plano.

Além disso, não há o que se falar nos impactos causados no comércio municipal. Muitos empresários araguarinos têm passado por dificuldades financeiras em razão da pandemia, por isso, é possível que o benefício anunciado pelo estado possa ser de grande ajuda no momento atual para a classe.

A reportagem da Gazeta do Triângulo procurou a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Araguari) para saber como a entidade, que representa o comércio local, recebe a notícia anunciada pelo estado, e se as medidas vêm em boa hora para os empresários municipais. “Foi uma excelente notícia que recebemos essa semana, especialmente neste momento tão complicado para os comerciantes. Este parcelamento é um alento e esperamos receber outras boas notícias do governo estadual para que tenhamos uma retomada qualitativa da nossa economia. A CDL Araguari entende que o Governo Estadual está disposto a manter um diálogo aberto e permanente com as entidades. Assim, poderemos realizar ações efetivas para ajudar o nosso associado e o comércio de nossa cidade de forma geral. O nosso comércio ficou inseguro e instável com o ‘abre e fecha’ dos últimos meses, esta é uma sinalização inicial do governo com relação a retomada definitiva do nosso comércio”, disse o presidente da CDL Araguari, Pedro Luiz.

Já o presidente da ASCOMARI (Associação do Comércio de Alimentos de Araguari) e empresário, Gleiston Pereira, acredita que a medida apenas ‘adia as dívidas, mas que não soluciona o problema’. “Esse parcelamento evita os cortes de energia do setor de Bares e Restaurantes. Entretanto, nosso prazo de atraso para suspensão de fornecimento de energia é menor do que de uma pessoa física. Mas, sinceramente, nosso setor está à beira da falência, e a dívida só é ‘jogada para frente’, e em algum momento tem que ser paga. Pensando a médio prazo, para que nossas empresas voltem a produzir o mais rápido possível, precisamos de vacinação para todos. Nesse momento é a única ação efetiva para que o comércio retorne, ainda neste ano, às atividades normais e sem limitações”, ponderou

 

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