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Aproximadamente 50% dos araguarinos optam por medicamento genérico

ter, 23 de outubro de 2018 05:37

Da Redação

Dado vai ao encontro do cenário brasileiro. Escolha deve-se principalmente à diferença de preço, afirmam farmacêuticos

Uma pesquisa da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias – Febrafar, em parceria com a Universidade de Campinas – Unicamp – e o Instituto Axxus apronta o crescente número de brasileiros que compram remédios sem marca. O levantamento mostra que 45% dos consumidores preferem o genérico, enquanto 55% optam predominantemente pelos de marcas. A pesquisa foi realizada com quatro mil consumidores que estavam saindo de farmácias de todos estados do Brasil.

Principal fator de intercambialidade é o preço

Principal fator de intercambialidade é o preço

 

Tendo o dado em mãos, a Gazeta do Triângulo verificou que o número é semelhante ao encontrado em Araguari. “A saída do medicamento de marca é quase a metade do que vendemos. Estamos atrasados, visto que na Europa o mercado do genérico representa 70% das vendas”, coloca Marcelo José Lopes, administrador que está no ramo de farmácias há mais de 20 anos.

O aumento na procura deve-se, ao que parece, ao baixo preço do produto genérico. “O genérico aumentou muito em venda, principalmente devido à crise. Antes existia a busca pelo laboratório. Agora não, geralmente é pelo mais barato”, afirma Lopes.

O atendente de farmácia Diego Nogueira explica à Gazeta que a principal dúvida dos consumidores hoje é a diferença de preço entre os produtos. “No começo o cliente tinha muita dúvida em relação à eficácia, hoje não mais. As pessoas estão mais bem informadas. Percebo que aumentou tanto a aceitação do genérico que o pessoal questiona mais é a questão do preço”, explica.

A eficácia do produto, afirma a farmacêutica Vanessa Rodrigues Alves Lopes, é a mesma do medicamento de referência. “Tem laboratório que fabrica tanto o genérico quanto o ético, o que muda é o nome. É a mesma substância e efeito.”

Conforme Lopes explica à reportagem a diferença de preço entre o genérico e o de referência não está na composição. “O medicamente de marca investe em propaganda médica, com pesquisa, patente e o genérico não. O consumidor é quem opta pelo genérico. Isso além do subsídio do governo federal, que estabelece imposto de 12% em cima do genérico contra 18% no medicamento de marca aqui em Minas Gerais. Tudo isso interfere no valor final.” Por lei, o medicamento genérico é ao menos 35% mais barato do que o de referência.

Segundo ela, é permitido que o farmacêutico ofereça o produto genérico ao cliente, mas em grande parte o próprio consumidor pede a fórmula. “A não ser que tenha um carimbo do médico escrito ‘não autorizo troca’ nós oferecemos, explicamos sobre o laboratório e mostramos a diferença de preço. Mas caso tenha o carimbo não vendemos, pois é melhor seguir a prescrição do médico.”

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