Da Redação

Uma das postagens apuradas pela PC

A Quarta Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC), através da Delegacia da Mulher e o apoio do setor de Inteligência, agiu de forma rápida e logrou êxito em identificar a pessoa responsável pela criação de um perfil fake, em rede social, que cogitava realizar um massacre numa escola pública na região do bairro Industriários, em Araguari.

Segundo apurações, no último feriado de 15 de novembro, foi criada uma conta em rede social, com postagens ameaçadoras sobre um eventual massacre num estabelecimento de ensino, no dia 16. A motivação não foi revelada.

Com as informações iniciais, a Polícia Civil de Minas Gerais realizou várias diligências no sentido de identificar quem criou a conta e evitar uma possível tragédia na cidade. Em virtude disso, após intenso trabalho policial, as equipes da PC chegaram até a responsável – uma adolescente de 13 anos, sendo esta encaminhada para a Delegacia Especializada para prestar esclarecimentos sobre os fatos investigados.

A reportagem apurou que outras situações ocorreram nos últimos anos em Araguari, porém, todas foram descobertas e não progrediram. “Mais uma vez, não se passou de uma brincadeira de mau gosto. A Polícia Civil segue monitorando esse tipo de ação. Surgindo qualquer novo caso, estaremos prontos para agir rapidamente e evitar que algo de concreto aconteça”, assegurou a delegada Paula Fernanda de Oliveira.

Em 2019, por exemplo, alguns alunos de uma escola criaram um grupo no aplicativo Telegram, visando à aquisição de armamento pesado, coletes balísticos e até mesmo de uma bomba, além de arquitetarem o ataque, inclusive buscando patrocínio em sites do estado islâmico. A meta, segundo apurado, era atingir cerca de 300 vítimas, até por se tratar de um dos maiores colégios do município.

Na época, o delegado regional Wilton José Fernandes fez um alerta à sociedade araguarina, o qual serve para os dias de hoje: “qualquer indício de violência em escolas, deve ser comunicado imediatamente à polícia, pois tragédias podem ser evitadas, como no caso desse estabelecimento”.