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Acusado de matar jovem e carbonizar a vítima é condenado no primeiro Júri Popular no novo Fórum de Araguari

qui, 3 de junho de 2021 08:15

Da Redação

Dois acusados foram denunciados pelo assassinato de Alisson Lanzer Nogueira, morto em outubro de 2018, na saída para o Capim Branco, bairro Maria Eugênia, mas apenas um foi condenado pelo Júri Popular, o primeiro realizado nas dependências do novo Fórum de Araguari, no Jardim Interlagos.

Novo salão do Tribunal do Júri está recebendo as sessões do Júri Popular, sem a presença do público

 

Quatro mulheres e três homens formaram o Conselho de Sentença, que absolveu um dos réus, conforme requerido pelo próprio Ministério Público, em razão da ausência de provas suficientes que apontassem a sua participação no crime.

Por sua vez, o acusado Júlio Filho pegou 13 anos de reclusão. Entendeu a Promotoria de Justiça que este cometeu homicídio qualificado, por motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além da destruição do cadáver.

A defesa de Júlio, 21 anos, pediu a retirada da qualificadora do meio cruel e pleiteou a não incidência da agravante do emprego de fogo no delito. Também requereu a aplicação das atenuantes da confissão e da menoridade relativa.

Pelo menos quatro testemunhas foram ouvidas em Plenário bem como os réus. A sessão, presidida pela Juíza Danielle Nunes Pozzer, titular da Primeira Vara Criminal, durou pouco mais de sete horas, e não contou com a presença do público. As devidas medidas foram tomadas em relação à prevenção contra a Covid-19, como uso de máscara e álcool em gel, e o distanciamento social.

 

OS FATOS

Alisson Lanzer foi morto em 29 de outubro de 2018, data em que desapareceu de sua residência. Dias depois, o cadáver foi carbonizado nas proximidades de uma carvoeira na Alameda Eugênio Nasciutti, mediante emprego de fogo.

A motivação do crime seria um desacerto quanto à divisão do dinheiro angariado com a venda de um pneu furtado. A vítima, que estaria sendo ameaçada, foi atraída para o local e atacada com aproximadamente 20 golpes de faca, que causaram intensa hemorragia e o seu falecimento.

Em fevereiro do ano seguinte, Júlio Filho foi capturado pela Polícia Civil no bairro Gutierrez e indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver junto com o comparsa. Ao ser ouvido em Juízo, confessou a autoria do crime e alegou ter agido em legítima defesa, mas negou o envolvimento do outro denunciado.

1 Comentário

  1. Anônimo disse:

    Tem umas regiões aqui no Brasil, que quando a pessoa sai da prisão pensando que já cumpriu a sua pena, que está tudo bem, aí o que acontece, ele esquece que deixou pessoas magoadas e que não esqueceu o que o fulano fez e aí a conta chega.
    Se bem que aqui também outrora já foi assim lá pelos anos 30,40 época dos coronéis, dos jagunços diz que quando um desafeto saia da cadeia ali na casa da cultura, este não andava mais que Cinquenta metros já tinha um por ali esperando.

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