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Coluna: Direito e Justiça (30/07)

qui, 30 de julho de 2020 12:01

Abertura-direito-e-justica

 

DEZ CURTAS E GROSSAS ANTIGAS:

 

1. Alguns bem queriam que tivesse sido o Euripão. Quebraram a cara: pois não foi ele.
2. Outro bode expiatório seria muito conveniente. Encobriria as lambanças passadas.

3. Investigação policial tem que ser sigilosa e discreta, sem alarde e demagogia. Assim sendo, quase sempre dará bons resultados.

4. Agora, os (ufanistas) repórteres policiais alardeiam a primazia do furo de reportagem, como se isso é que fosse o mais importante nessa estória.

5. Falaram tantas bobagens; agora, têm que engolir, pelo menos, algumas.

6. O brasileiro não inventa, mas que exagera (um pouco), lá isso exagera.

7. Repito: o que seria das Rádios AM locais sem os nossos jornais (de quase) todo dia?

8. Se houvesse o “concurso dos papagaios” na mídia local, os participantes seriam numerosos e a disputa seria renhida. Haja repetição sem criação alguma!

9. Shopping Center? Com certeza, somente lá para os lados de Catalão.

10. Vai ser preciso fazer DNA, para descobrir (com certeza) quem é que é o (verdadeiro) pai das obras (ou obrinhas) desses últimos 100 dias.

 

OBSERVAÇÃO DJ:

Que coisa! Estou impressionado. As DEZ “cutucadas” ainda estão atuais. A carapuça da verdade ainda serve na maioria das cabeças políticas locais.

 

PAU NA MOLEIRA:

1. Deu no rádio: “Araguari, a cidade que mais cresce com qualidade de vida no Triângulo Mineiro. ” É mentira, Terta…?
2. Deu também no rádio: “a não ida” (não seria melhor a falta, a ausência?); “a não vitória” (não seria melhor dizer a derrota?); “não vai ser loucura, se o treinador chegar e querer mudar a filosofia do jogo” (o certo seria quiser, ou seja, o verbo no futuro do subjuntivo, denotando uma possibilidade? Se ou quando…)
3. E mais outras pérolas radiofônicas: máxima temperatura, mínima temperatura (anglicismos pedantes); equipe aposta (pesquisei e não localizei uma equipe “aposta”. Talvez fosse melhor uma equipe, postada, ou uma equipe em seus postos, enfim…); dei o meu melhor (I gave my best / mais do que pedante, contraria a estrutura gramatical da nossa língua); animal bovino, animal equino (uma redundância ridícula, pois estou para ver bovinos e eqüinos que não sejam animais…).
4. Cá mesmo em casa: “volta às aulas em Araguari segue sem previsão de retorno” (Gazeta do Triângulo, Ed. De 23.07.2020, Pág.1). Salvo melhor juízo, há uma redundância desnecessária, pois volta e retorno dizem a mesma coisa. Tanto é assim que o complemento da matéria enuncia: “Volta às aulas continua sem data prevista no município” (Gazeta do Triângulo, Ed. De 23.07.2020, Pág. 6). Passou pela revisão. Acontece comigo também.
5. Sempre falam lá no Congresso Nacional: “a não presença…” (não seria ausência?). Como quer que seja, “a não presença” dos preclaros legisladores ou mesmo os recessos brancos ou legais das respectivas Casas (em todos os níveis fe3derativos) têm impedido muitas bobagens e prejuízos ao País. Menos leis e menos fazedores de leis seria ótimo para o Brasil.
6. Por tudo isso, não é sem razão que o curinga (versátil, multifuncional e polivalente) ás do rádio araguarino — ao qual admiro sinceramente — costuma dizer que “falar até papagaio fala.” Esse é o nosso Carlos Alves!!!

 

PINGA-FOGO:

1. De hospital lá não tem muita coisa. Tem, sim, muito de enfermaria. Leitos!

2. O experiente Carpaneda foi muito claro: lá em casa (dele) tem dois leitos…!

3. Em BH, agora eles estão dançando “o samba do crioulo doido. ”

4. Fizeram Carnaval, fecharam a destempo, prometeram e não cumpriram;

5. A quebradeira no e do comércio já começou. Milhares de portas foram-se.

6. Uma recuperação econômica será possível. Entre 10 e 20 anos de trabalho.

7. Todavia, recuperar a confiança e a solidariedade destruídas demandará décadas.

8. Muitos demagogos que politizaram a pandemia acham-se numa sinuca de bico.

9. O Partido Democrata ianque manda família presidencial tupiniquim calar a boca.

10. Presidente ianque corre sério risco de não se reeleger. É preço da negação.

 

LÍNGUA PORTUGUESA:

Insistência nos erros:
• Trezentos gramas: quando citar o peso, então é o grama.
• Engasguei com a espinha do peixe (espinha dorsal).
• Homens dizem obrigado e mulheres, obrigada.
• Faz (há) dois anos que não o vejo. O verbo fazer é impessoal.
• Havia (tinha) muitas pessoas no local. O verbo haver é impessoal.
• Pode haver problemas é o correto. Não use “podem haver”.
• Use sempre a partir e não “à partir”.

Quando você o ver ou vir?

Ver: verbo no infinitivo.
Quero ver você passar no concurso.

Vir: futuro do subjuntivo do verbo ver: quando (se) eu vir; quando (se) tu vires; quando (se) ele vir; quando (se) nós virmos; quando (se) vós virdes; quando (se) eles virem.
Quando (se) você o vir (avistar/enxergar), diga-lhe que passei no concurso.
Se (quando) vocês o virem, digam-lhe que estou esperando por ele.

Não há mesmo como confundir com o verbo vir, cujo futuro do subjuntivo é bem diferente: quando (se) eu vier; quando (se) tu vieres; quando (se) ele vier; quando (se) nós viermos; quando (se) vós vierdes; quando (se) eles vierem.
Assim: quando (se) eles virem o que você fez, não irão gostar nem um pouco.
Não: quando eles (se) verem o que você fez, não irão gostar nem um pouco.

 

RAQUEL

Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia.

Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assi negada a sua pastora
Como se a não tivesse merecida;

Começa de servir outros sete anos
Dizendo: – Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!
• Luís Vaz de Camões

3 Comentários

  1. BRUKUTU SINCERO disse:

    Só uma correção, o som que os papagaios produz podem ser analisados como fala , mas na verdade não pode ser considerado como ” FALAR” ele apenas memoriza sons

  2. Anônimo disse:

    Uma pessoa pode ir levando alguém na conversa para outros fazerem o serviço e tem gente inocente que acompanha. Eu me apego a pequenos detalhes, uma vez eu ouvi uma pessoa dizendo em uma lojinha no Independência que não gostava de mulheres escuras e sim de louras. Até aí, tudo bem. Aí, agente deixa pra lá.
    Brucutu, você estava sumido.

  3. Anônimo disse:

    Tem gente que há quatro anos fala mal da cidade, mas é porque está fora da festa. Agora certamente vai ser candidato (a), aí o discurso vai mudar pra tentar entrar, porque tem gente que não gosta nada daqui, só está aqui por causa da prefeitura, mora é em Uberlândia. Aqui é mais fácil levar as pessoas na conversa e também acham que são donos da cidade. Se ganhar então, aí não falam mais nada durante um tempo a não ser puxar briga com os adversários. Tem gente que enriqueceu a custa de treta. Quando alguém está dentro da festa, a festa está muito boa, se ficar de fora, começa a falar mal da festa. O candidato vai estudar o eleitor, se o eleitor falar mal, ele vai falar mal. Caso o eleitor fale bem, aí ele vai falar bem . É uma estratégia para não entrar em desacordo com o eleitor.

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