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Tire suas dúvidas sobre o árbitro de vídeo

qui, 21 de junho de 2018 05:06

Da Redação

Se o árbitro não vai ao monitor à beira do gramado, isso significa que o VAR não atuou no lance?

Não. Apesar de o gesto com as mãos (imitando uma tela de televisão) e a conferência dos replays das jogadas no monitor serem os símbolos mais marcantes do VAR, essas não são as únicas evidências de que árbitro de vídeo foi usado. Ele é, sim, acionado em todos os lances de gol das partidas, além de faltas violentas passíveis de cartão vermelho ou em caso de erro de identidade de um jogador punido.

Em resumo, se a equipe do VAR entende que a marcação do gramado foi correta, ela tem duas opções: a primeira é manter-se em silêncio, sem se comunicar com o juiz pelo fone de ouvido. A segunda é fazer um comentário positivo sobre a chamada: “Segue o jogo”, por exemplo. É exatamente isso o que aconteceu no lance do gol suíço: o juiz do gramado validou o gol, o árbitro de vídeo não questionou a marcação e o jogo seguiu.

 O juiz em campo pode acionar o VAR?

Em tese, sim. Mas até agora foi o árbitro de vídeo quem abordou o juiz em campo, não o contrário. Essa não é uma abordagem acintosa, com uma bronca. O tom é de sugestão. Em caso de suspeita de irregularidade, o árbitro de vídeo recomenda ao juiz que retarde o reinício de jogo e, ainda com a bola parada, o VAR pergunta ao dono do apito se ele não gostaria de rever o lance. A decisão definitiva é sempre do juiz no gramado.

O árbitro em campo pode ignorar uma chamada do VAR?

Sim. Mas é pouco provável que isso ocorra. A comunicação entre o árbitro de vídeo e o juiz da partida é gravada e monitorada pela Fifa. Uma negativa do árbitro principal geraria descontentamento e crise.

Se o juiz põe a mão sobre o ouvido, isso significa que ele está se comunicando com o VAR?

Não necessariamente. Mas isso aconteceu no jogo entre Espanha e Portugal, quando o juiz italiano Gianluca Rocchi demorou alguns instantes antes de reiniciar a partida depois do gol marcado pelo atacante espanhol Diego Costa. Para quem estava no estádio, a impressão que ficou foi de uma conversa entre o VAR e Rocchi, mas a Fifa não confirmou com quem o italiano estava falando naquele momento. A entidade limita-se a dizer que ambos os árbitros, o do gramado e o de vídeo, chegaram à conclusão de que não houve falta na jogada —o zagueiro português Pepe reclamou de uma falta na disputa com Costa.

Os jogadores podem chamar o VAR?

No futebol, insista-se, não existe a regra do desafio, comum em outras modalidades que já utilizam há mais tempo as imagens de televisão na arbitragem. Aliás, existe a orientação de punir o jogador que for agressivo na reclamação em casos avaliados pelo árbitro de vídeo, mas ela ainda não foi posta em prática na Copa da Rússia.

 

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