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Sem segurança, Ginásio Poliesportivo se torna recinto de criminosos

ter, 28 de janeiro de 2014 00:28
Em menos de 15 dias, tentativa de homicídio e incêndio levaram perigo àqueles que residem nas proximidades do complexo esportivo. Foto: Gazeta do Triângulo

Em menos de 15 dias, tentativa de homicídio e incêndio levaram perigo àqueles que residem nas proximidades do complexo esportivo. Foto: Gazeta do Triângulo

P.J. GODOY – Rua Virgílio de Melo Franco, 225, centro. Anoitecia no último sábado, 25, quando a equipe do 8º Pelotão de Bombeiros Militar foi acionada para um novo atendimento. O endereço apontava o Ginásio Poliesportivo “General Mário Brum Negreiros”. Desta vez, o maior cenário do esporte araguarino era palco de um incêndio.

No local da solicitação, os bombeiros encontraram diversos papéis e pneus assolados pelo fogo, aos fundos do setor interno do complexo. Em seguida, debelaram as chamas. Com o ocorrido, parte da estrutura e da vidraça acabou danificada, porém ninguém foi ferido. Ainda assim, a tônica de perigo permanece.

Em janeiro, o Ginásio Poliesportivo completa cinco anos de interdição. Em pleno mês do fatídico aniversário, duas ocorrências em menos de 15 dias foram registradas  no local. Há duas semanas, uma mulher foi presa após tentativa de homicídio a poucos metros da entrada. A vítima, que foi golpeada com uma faca, resistiu aos ferimentos, seguindo sob acompanhamento no Pronto Socorro Municipal.

Recentemente, a Caixa Econômica Federal revelou um documento no qual reprovou a proposta para a análise dos projetos, em virtude da falta de documentação total da área e dos planos de engenharia. A negativa se remete ao ano de 2012 e ainda consiste no site da agência.  Mais de um ano depois, os principais problemas que causaram a intervenção no espaço, ou seja, drenagem, cobertura e piso, permanecem estagnados. Além disso, segundo a secretaria de Planejamento, Orçamento e Habitação, R$ 470 mil foram bloqueados em função de uma duplicidade na etapa das obras e inconformidades na execução.

A situação perdura e, o cenário esportivo se torna coadjuvante em meio a um protagonismo de criminosos. Enquanto isso, o referido endereço é o destino de novos atendimentos de emergência, guardando apenas a memória do esporte local.

ALTERNATIVA
Na última semana, foi divulgado no Correio Oficial o edital de um pregão para a contratação de uma empresa responsável pela vigilância armada em locais como Bosque “John Kennedy”, Estação Ferroviária Stevenson, Universidade Aberta e Integrada de Minas Gerais (UAITEC), Palácio dos Ferroviários e Centro de Esportes e Artes Unificado (CEU’s). O Ginásio Poliesportivo não será contemplado com a licitação. O secretário de Planejamento, Nilton Eduardo Castilho Costa e Silva, justificou a medida.

“Levamos em consideração aqueles locais onde ocorre uma necessidade maior de atenção, como na BR-050, na Estação Stevenson e no CEU’s, com vários pontos de criminalidade nas proximidades. Esses espaços precisam de uma vigilância armada, diferentemente de outros. No caso do Ginásio, iremos colocar um tapume em todo o entorno, com um guarda disponível antes mesmo do início das obras. Os projetos estão em análise para que não haja nenhuma irregularidade no envio à Caixa. A partir da aprovação, daremos entrada ao processo de licitação”, garantiu.

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