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Saúde Alerta – Vamos dormir sobre o assunto?

qua, 24 de junho de 2015 06:47

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Você ama dormir agarradinho com o seu companheiro (a), até ele (a) começar a roncar. Pesquisa inédita no Brasil realizada pela Fundação Nacional do Sono aponta que, cada vez mais casais dormem em camas separadas e uma das principais motivações é o ronco do parceiro.

Nos Estados Unidos, o número de casais dormindo em camas separadas em 2001 era 12%, foi para 23% em 2005 e a previsão é de que agora em 2015 esse número chegue a 40%. Entre as principais motivações para os casais dormirem em camas separadas, 43% alegaram hábitos noturnos diferentes (como horário de dormir e assistir televisão na cama), 36% o ronco do parceiro e 20% preferência de dormir sozinho.

As recentes pesquisas mostram que os casais que dormem juntos tendem a ter 50% mais chances de apresentar distúrbios do sono. A verdade é que dividir a cama acaba, muitas vezes, resultando em dividir um quadro clínico de problemas para dormir. O processo é cíclico, o paciente que ronca, por exemplo, acabará causando dificuldade para dormir ao seu parceiro. As noites de sono mal dormidas podem causar uma série de problemas como doenças do coração, hipertensão arterial, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), acidentes de trânsito (em razão da sonolência excessiva provocada pelas noites mal dormidas), depressão e até divórcio. Então, se um dos cônjuges apresenta distúrbios do sono, ele deve procurar um diagnóstico e tratamento o mais rápido possível, para evitar consequências desagradáveis para o casal.

O ronco geralmente é um sintoma de que algo não vai bem e precisa ser tratado.
O ronco frequente e alto à noite, sonolência excessiva durante o dia, isso pode ser sinal, em 90% dos casos, de Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), doença crônica, evolutiva e com alto grau de mortalidade.
Há dois tipos de apneia do sono, a Central – causada por uma disfunção do sistema nervoso central, e que é mais rara – e a Obstrutiva – mais comum e que pode ter uma das causas na obesidade.

A apneia obstrutiva é marcada pelo fechamento da via aérea por alguns períodos durante o sono, em função de vários fatores (por exemplo, flacidez dos tecidos da garganta), fazendo com que a pessoa pare de respirar por um período de, no mínimo, 10 segundos, apresentando incidência maior em homens e pessoas obesas. O distúrbio faz com que a pessoa tenha paradas repetidas da respiração por alguns segundos durante a noite e emita ruídos barulhentos. Se não tratado, o distúrbio pode causar doenças sérias como hipertensão, doenças cardíacas e depressão.

O primeiro passo para o roncador é fazer um diagnóstico do problema.  O diagnóstico é simples, feito através da polissonografia, um exame que mensura a gravidade da doença e ajuda na determinação do tratamento.
O objetivo de tratar a apneia do sono é fazer com que as vias respiratórias sejam desobstruídas. Em muitos casos, o simples emagrecimento faz com que a doença desapareça.  Em caso de confirmação do diagnóstico, o tratamento mais indicado é o uso do aparelho CPAP, uma máscara que joga ar na garganta para que ela se mantenha aberta durante o sono e não emita som.
Para pacientes que não tiveram bons resultados com o uso de CPAP ou que possuem alguma anormalidade anatômica, pode se feito um tratamento cirúrgico para remover obstáculos e corrigir esses distúrbios.
Que vocês tenham uma boa e saudável noite de sono.

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