Que saudade das gravadoras!
qui, 11 de setembro de 2014 00:09
Por Jhean Marcell. Fale com ele no contato@jheanmarcell.com.br
Já foi o tempo em que para atingir o estrelato o artista precisava assinar o tão famoso “Contrato Com A Gravadora”. Lembro que na era pré internet, cantores e bandas sofriam para gravar suas demos nas falecidas fitas K7s e batiam nas portas das grandes “majors” na esperança de que algum produtor ou diretor ouvisse e os chamassem para a tão esperada reunião.
Pois é, a concorrência era gigantesca. Já ouvi de diretores de gravadoras que chegavam cerca de 200 fitas demos por dia em seus escritórios e dessas, duas ou três por ano eram contratadas. Resumindo, o processo era assim: após receber milhares de demos, as gravadoras faziam sua triagem escolhendo os melhores. Depois, levavam de seis meses a um ano entre pré-produção, produção e gravação do disco e, pra fechar, investiam milhões em marketing junto às rádios e TVs.
Hoje, com o advento da tecnologia, qualquer um pode gravar seu CD no quarto de casa, postar suas músicas na internet e pronto, ela está disponibilizada para o mundo inteiro. Essa era veio facilitar a vida do artista e aumentar a rede de distribuição de material fonográfico. Bom não é? Será?
Vamos avaliar os casos. Antigamente, se você como artista fosse rejeitado por uma gravadora, seu pensamento era: preciso melhorar e continuar tentando. Como eu disse anteriormente, as gravadoras contratavam orquestras, excelentes músicos injetando milhões em um artista e com esse dinheirão todo, é lógico que eles não escolheriam qualquer um.
Já na era pós internet, o “fora” levado pelo artista não é tão dolorido assim, pois com uma câmera simples e um computador ele corre pro YouTube, faz o seu próprio marketing e pode a qualquer momento ficar famoso. E é aí que mora o perigo.
Como eu falei, antigamente precisava ser “BOM” para ter projeção e ver seu trabalho reconhecido por uma gravadora, e consequentemente, pelo público. E hoje, literalmente qualquer um pode se considerar artista e investir nas suas “postagens” na internet. Pois é. A internet veio sim pra facilitar a vida do artista independente, mas ao mesmo tempo trouxe o filtro de qualidade, que antes era da gravadora, para os braços do público.
Por essas e outras que a indústria fonográfica vive uma grande crise não só financeira, mas de identidade, onde tudo é muito descartável e os verdadeiros artistas se misturam com os aventureiros. A tecnologia é sim espetacular, mas como diz a tradição oriental: todo lado ruim tem seu lado bom e todo lado bom tem seu lado ruim.
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