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Que Robinho é esse?

sáb, 13 de fevereiro de 2016 08:48

Mauro Cezar Pereira – ESPN

Robinho é do Galo. Muitos torcedores do Atlético estão esperançosos, acreditam que o ex-santista poderá repetir com a camisa alvinegra o que Ronaldinho Gaúcho fez em 2012, quando chegou desacreditado a Belo Horizonte e ajudou o time a conquistar sua primeira Libertadores da América. Mas qual o atual nível do futebol jogado por ele?

Que Robinho é esse?

Que Robinho é esse?

 

Na China defendeu o Guangzhou Evergrande de Luiz Felipe Scolari por meio ano — o contrato era de seis meses e poderia ser renovado, o que não interessou aos asiáticos. Foram três gols e uma assistência em 10 aparições pela Super League. Titular em oito, saiu antes do apito final em cinco dessas partidas, totalizando 543 minutos de futebol, média pouco superior a meio cotejo por vez em que entrou em campo.

Voltemos ao período expirado em meados de 2015, ou seja, ao primeiro semestre do ano passado, quando Robinho disputou Campeonato Paulista, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, amistosos da seleção brasileira e Copa América com o time da CBF. Os números mostram a sua presença em quase duas dúzias de pelejas, com participação direta em 15 tentos assinalados.

Suas finalizações certas representaram 34,8% dos arremates tentados. Deu passes para gols de Ricardo Oliveira (2), Lucas Lima, Geuvânio, David Braz e Cicinho no Santos. Houve também assistência para Thiago Silva em compromisso pela seleção brasileira. Ele fez um gol a cada 3,6 partidas no período anterior à mudança para o agora futebolísticamente badalado “Mundo Chinês”. Dos 12 desarmes certos que fez (44,4% do total tentado), 10 foram no campo de ataque. Nos mapas de movimentação você pode observar que a participação de Robinho basicamente é lá na frente. Não pode ser visto exatamente como um homem que, atuando pelo lado do campo, seja capaz de voltar marcando, recompor a postura defensiva e o participar ativamente do bloqueio dos espaços.

Útil Robinho pode ser. Constantemente decisivo? Nem tanto. Pelo menos não foi assim em seu mais recente período jogando por aqui. A grande questão que envolve o atleta revelado pelo Santos há 14 anos é a relação custo-benefício. Vale a pena desembolsar uma elevada remuneração para contar com os números abaixo? Ou você acredita que daqui pra frente tudo vai ser diferente?

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