Da Redação

 

Desde que a quarentena imposta pelo novo coronavírus teve início, os araguarinos voltaram suas atenções para a questão do desemprego ou a redução salarial. Sem renda, muitos se preocupam em como pagar as contas em dia, a começar pelo mais essencial, como por exemplo, os débitos de água num período em que a higienização das mãos, superfícies e objetos precisou ser reforçada.

O aumento em sua utilização aliada ao distanciamento social e consequentemente, maior número de pessoas nas residências durante os dias da semana, tem provocado uma discussão sobre a possibilidade de haver um reajuste nos valores tarifários e, ao receber a conta em suas residências, os araguarinos afirmaram que realmente o valor está maior.

 

Nas redes sociais, muitos questionam se esse aumento poderia ser considerado abusivo devido à pandemia causada pela covid-19, que tem afetado a vida de todos os brasileiros. “A conta não está fechando, pois, este mês está muito mais caro do que os anteriores e só pode ter ocorrido um aumento sem a divulgação ou aviso para os contribuintes,” afirmou um morador do bairro Goiás.

Os contribuintes ressaltam ainda o corte no fornecimento de água que ainda ocorre na cidade. “A prefeitura e a Sae tem conhecimento que as pessoas estão passando por dificuldades, às vezes, até para comprar alimento, porque muitos perderam sua renda e eles continuam fazendo os cortes. No começo da pandemia falaram que não iriam cortar devido ao problema que está afetando a todos, mas se não tiver dinheiro eles fazem o corte e não avisam. Infelizmente isso acontece com quem é mais pobre, porque os grandes devedores da Sae não estão sendo prejudicados conforme vimos numa lista desses maiores devedores ” completou o morador.

O assunto também pautou questionamentos na Câmara Municipal de Araguari, que solicitou informações sobre o possível aumento das tarifas. Diante disso, a Superintendência de Água e Esgoto informou à reportagem que durante o período de pandemia não houve nenhum ato normativo de reajuste ou ocorreu a revisão de valores tarifários de água e esgoto como tem sido divulgado. A única alteração realizada foi na forma de trabalho dos servidores, uma vez que as leituras no mês de abril – tendo como referência as contas de março, foram calculadas por estimativa.

O superintendente André Fabiano dos Reis afirmou que neste cálculo foi levada em consideração a média dos últimos três meses de consumo, informação que o contribuinte pode verificar em sua fatura no campo “ocorrência”.  Tal medida foi necessária devido ao afastamento de servidores que são considerados grupo de risco. Além disso, a autarquia também adotou o sistema de rodízio de funcionários como tem acontecido no comércio, seguindo as orientações do Comitê de Enfrentamento à doença em âmbito municipal e as recomendações estaduais para prevenção de casos relacionados ao coronavírus e o distanciamento social. Posteriormente a este período, as leituras voltaram a ser realizadas presencialmente pelos servidores. O aumento, de fato, foi observado nas faturas e, “possivelmente a elevação se deu por conta do confinamento social”, destacou.

Sobre tais questionamentos, o superintendente ressaltou que a Sae está à disposição para verificar se os valores estão corretos, podendo ser analisado ainda o aparelho de medição daqueles que se sentirem lesados devido à cobrança, além disso, ele também chama a atenção da comunidade para a necessidade de uma postura consciente  diante da adoção das medidas de segurança contra o vírus. Desperdícios e excessos precisam ser evitados durante este período de calamidade pública.

Dicas de redução no consumo de água

 

– Feche a torneira enquanto escova os dentes, ensaboa vasilhas e lava as mãos;

– Banhos curtos;

– Feche o chuveiro sempre que possível;

– Não utilize a mangueira para limpeza de calçadas, veículos ou regar as plantas;

– Use a descarga com muita consciência e não deposite papel higiênico no vaso sanitário;