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Caos no transporte coletivo

sex, 8 de novembro de 2013 14:57

Vereadores cobram esclarecimento da prefeitura
sobre situação caótica do transporte coletivo

Foto: Gazeta do Triângulo
Sem o transporte coletivo, a calmaria ontem fez
contraste a agitação cotidiana do Mercado Municipal
Foto: Gazeta do Triângulo

DA REDAÇÃO – A cidade amanheceu ontem, 7, sem transporte coletivo. Meses atrás, a prefeitura e a empresa responsável pelo serviço – Expresso Cidade de Araguari deram início a uma batalha judicial para definir ou não a permanência da empresa. E por enquanto, quem levou a melhor foi a prefeitura. A empresa recebeu ontem a notificação do município para interromper suas atividades conforme decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), suspendendo a decisão anterior favorável a ela.

Mais uma vez, a população foi pega de surpresa. Uma vendedora contou que muitas pessoas não sabiam da falta de ônibus e ficaram sentadas, esperando. A reportagem esteve no Mercado Municipal na tarde de ontem e encontrou o guichê da empresa fechado, sem nenhum tipo de aviso explicando o ocorrido.

Um motorista da empresa, que preferiu não se identificar, afirmou ter sido informado da decisão somente na noite de quarta-feira, 6. “Procuramos o sindicato porque não recebemos o salário desse mês. Isso é um descaso com os passageiros também, ainda mais com aqueles que utilizam a linha dos distritos, que devem ter perdido dia de trabalho,” declarou.

Pouco se sabe sobre uma possível contratação emergencial da Sertran, uma vez que o contrato perdeu a vigência durante a disputa judicial, nem de demais interessadas. Ao que tudo indica, os araguarinos devem continuar sem transporte neste final de semana.

A falta de esclarecimentos sobre o assunto levou a Comissão de Trânsito e Transporte da Câmara formada pela presidente Virgínia Alcântara (PTC), vice José Donizete Luciano – Tenente Luciano (PP) e José Miranda (PR) a protocolar um documento, formalizando também o pedido de ação emergencial para disponibilizar ônibus que possam atender a população.

A decisão judicial favorável a prefeitura saiu há quase um mês. “A Expresso Cidade poderia ter sido notificada antes, é isso que não estamos entendendo. Por que a empresa não foi notificada? Sabendo que a Expresso Cidade não iria mais rodar, uma medida paliativa até a contração de outra poderia ter sido tomada,” ressaltou Virgínia Alcântara.

Segundo ela, os maiores prejudicados são os araguarinos. “Por falta de um transporte pontual e correto, eles podem ter perdido seu dia de serviço, médico, audiências e demais compromissos. E sem saber quando o serviço irá retornar,” concluiu.

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