Neuropsi – O que é a Síndrome do Pavio Curto?
qui, 19 de janeiro de 2017 05:431. O que é a Síndrome do Pavio Curto?
Sabe aquela pessoa que, do nada, tem um acesso de fúria, grita ou agride alguém, e o estopim foi apenas um pisão no pé sem intenção? Ela pode ter a” Síndrome do Pavio curto” ou Transtorno Explosivo Intermitente .
– São pessoas que não conseguem conter seus impulsos agressivos – é importante salientar que a agressividade NÃO é premeditada. A maior característica do problema é ficar extremamente irritado por motivos bobos. Elas explodem quando menos esperavam explodir.
2- Quais são as características da pessoa com “pavio curto”?
– Costumam ter comportamentos agressivos – ataques de fúria e de agressividade, tais como: ameaçar, berrar, falar mal, fazer gestos obscenos, avançar sinais de trânsito, até formas mais violentas de explosão, como atirar objetos contra a parede e/ou nas pessoas e envolver-se em ataques físicos contra familiares, brigas no trabalho, nos bares, destruindo veículos no trânsito etc.
– Geralmente têm dificuldade em avaliar as consequências de seus atos para si e para os outros.
– Frequentemente sentem-se responsáveis por seus atos, demonstrando arrependimento, vergonha, culpa e tristeza.
3-Como identificar se alguém está com esse problema?
O diagnóstico do “pavio curto” somente deve ser feito após uma avaliação médica e psicológica.
A frequência na perda de controle sobre a agressividade (último ano, último mês)
– se for superior a 2x por semana; se os ataques de agressividade são desproporcionais ao fato que o gerou; se os ataques explosivos não são premeditados; se após as explosões aparecerem sentimentos de vergonha, culpa, arrependimentos, tristeza, choro etc.; se a família possui outros membros com o mesmo comportamento ; se os episódios de agressividade incluem ataques físicos e destruição de objetos e/ou propriedades; se os ataques de agressividade são repentinos; se o comportamento agressivo é acompanhado por sensações físicas de fadiga, forte tensão, formigamento, tremores, palpitações, aperto no peito, tensão nas costas, pressão na cabeça, pensamentos raivosos que levam a fortes impulsos de agir agressivamente; revelam “necessidade de atacar”, “necessidade de ferir”, “pico de adrenalina”, “sangue nos olhos”, ou “vontade de matar alguém” e alívio da tensão após o ato agressivo).
4-Onde buscar ajuda?
O tratamento desse problema é multidisciplinar (psicólogo e psiquiatra). Em virtude dos problemas causados à própria vida dos portadores e dos que com eles convivem, é necessário o tratamento psiquiátrico e psicológico como uma forma de reduzir a intensidade e frequência dos episódios violentos devolvendo, assim, uma vida de melhor qualidade a esses indivíduos.
Quanto ao tratamento psicológico, as terapias nos modelos cognitivo-comportamental e cognitivo-construtivista são aquelas que demonstram maior eficácia na redução dos níveis de intensidade e frequência dos episódios violentos.
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