Cada país tem a estampa para os uniformes militares de acordo com o tipo de vegetação local, ou de onde irá guerrear. A camuflagem é uma forma de se proteger dos ataques inimigos, estratégia que o Partido dos Trabalhadores resolveu adotar nesta eleição. Roxo, Rosa, Laranja e até azul e branco, as cores do arqui inimigo PSDB estão sendo adotadas por candidatos país afora.

 

O desgaste do partido após os escândalos de corrupção, manifestações populares antipetistas e o impeachment da presidente afastada Dilma Roussef provocou uma grande rejeição não só na esfera federal. De acordo com o site Blasting News, dos mais de 5 mil municípios do Brasil, a legenda terá candidatos em menos de 1000. Isso quer dizer que menos de 20% do total de municípios terá representantes do PT.

Aquela foto ao lado do Lula e da Dilma então? Nem pensar. Se nem mesmo as cores branca e vermelha estão sendo utilizadas, a estrela, símbolo maior da legenda ficou oculta em boa parte das campanhas. A explicação dos candidatos para isso é que fazem parte de coligações, portanto, estariam optando por um caminho mais neutro. Essa máxima, porém, parecia não fazer muito sentido em eleições anteriores.

 

Na grande São Paulo, as peças de Fernando Haddad utilizam o vermelho, mas não totalmente, aliviado em um degradê com laranja e amarelo. O número 13 aparece em vermelho. Candidato à reeleição, Haddad está empatado em terceiro lugar com 9%, ao lado de João Dória (PSDB).

 

Na vizinha Uberlândia, o símbolo do prefeito Gilmar Machado é um balão vermelho com o número na cor branca. O vermelho divide espaço com o azul, cores tradicionais do PP, sigla de seu adversário Odelmo Leão. Na disputa, Odelmo apareceu na pesquisa do Ibope com larga vantagem: 75% das intenções de voto. O petista está em segundo, com 6% dos votos.

Ao que tudo indica, ser do Partido dos Trabalhadores não é mais motivo de orgulho como outrora.