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Meio Desligado – O Dia Mundial do Rock (que só tem no Brasil)

qua, 15 de julho de 2015 07:44

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O dia 13 de julho é conhecido como o Dia no Rock, data que passou a ser celebrada a partir de 1985, quando nesta data, artistas e bandas promoveram um festival beneficente chamado Live Aid, que visava angariar recursos para ajudar a combater a fome na Etiópia. Subiram ao palco The Who, Queen, David Bowie, Paul McCartney, Bob Dylan, Elton John, Phil Collins, Dire Straits, B.B. King, Tom Petty, Eric Clapton, Mick Jagger, INXS, Black Sabbath (na formação original!), Led Zeppelin, entre outros.

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Quase 200 mil pessoas, em um estádio na Inglaterra e outro nos Estados Unidos, e aproximadamente, 1,5 bilhão de telespectadores pelo mundo, acompanhou pessoalmente ou pela TV o evento liderado pelos músicos Bob Geldof e Midge Ure. Também foram realizadas apresentações modestas na Austrália, Rússia e Tóquio.

Apesar de se chamar “Dia Mundial do Rock”, só os brasileiros comemoram essa data. O impacto do Live Aid foi tão grande que convencionou a comemoração por aqui, mesmo sendo completamente ignorada em todo o mundo. Talvez outros países comemorem o rock em data diferente. Vai saber.

“HOJE É DIA DE ROCK, BEBÊ”

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A frase dita por Christiane Torloni durante uma entrevista na cobertura do Rock in Rio em 2011 virou meme nas redes sociais, e até hoje ainda é utilizada pelas pessoas quando se trata de algum evento do gênero. A atriz explicou que em sua adolescência gostava muito de um espetáculo teatral chamado “Hoje é dia de rock”. Mas, convenhamos, quem viu o vídeo sabe que o “bebê” tem a ver com uns bons drinks.

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CINCO LIVROS SOBRE ROCK

“O pequeno livro do rock”: para quem gosta de rock em quadrinhos, o trabalho do francês Hervé Bourhis é imperdível. Ele fez um excelente trabalho ilustrando e compilando a história do rock ano a ano, destacando não só o rock propriamente dito, mas também influências de outros estilos no gênero, um pouquinho de cinema e literatura para contextualizar. O formato do livro é de um LP 45 rotações. O preço também é baratinho.

“Mate-me por favor”- A bíblia do punk rock. “Please Kill Me” é um livro escrito por Larry “Legs” McNeil e Gilliam McCain. Vai desde a gênese do que se convencionou chamar de punk, percorrendo camarins, shows e momentos importantes da pequena cena artística nova iorquina. São centenas de entrevistas. Ainda não consegui terminar de ler, mas para quem quer saber mais do assunto, é recomendável.

“Commando – a auto biografia de Johnny Ramone”: se os Ramones permaneceram juntos por tanto tempo, com certeza isso se deve ao “general” Johnny, que desenvolveu um estilo de palhetada único. E se engana que ele segue a linha liberal-não-tô-nem-aí de outros nomes do punk: o guitarrista era de direita. Mais do que isso, o livro como um todo reflete o ponto de vista de alguém que diz o que pensa, mesmo que isso possa parecer estranho ou chocante.

“Reações psicóticas”: uma antologia de artigos do crítico musical Laster Bangs organizada por Greil Marcus. Bangs (1948-1982) é um dos ou senão o melhor crítico de rock de todos os tempos. Não porque concordo 100% com ele, mas porque nunca vi alguém usar as palavras tão bem para descrever a essência das bandas e discos que estão rolando. Destaque para a épica batalha verbal com o Lou Reed e a impagável análise do Jethro Tull. É um livro bem escrito e acima de tudo muito divertido.

“Barulho: uma viagem pelo underground do rock americano”: a viagem do jornalista brasileiro André Barcinski pelos Estados Unidos no começo dos anos 90 rendeu excelentes entrevistas com mitos do rock, além de fotos dos shows, bastidores, discos e entrevistas, registradas pelo próprio. Acho que o bom censo de Barcinski é um de seus fortes nas críticas.

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