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Meio Desligado – Fundos de pensão, Cassino e a corrupção petista

qua, 7 de setembro de 2016 05:38

meio desligado

Esqueçam Mensalão, Petrolão, Trensalão, privataria tucana. A investigação nos quatro principais fundos de pensão estatais está apenas no começo, mas já revela cifras bilionárias de desvios – R$ 8 bilhões, e de prejuízos – R$ 48,7 bilhões em 2015. Vem aí a Operação Greenfield, que identificou dez casos de irregularidades em aplicações e emitiu 40 mandados de busca e apreensão.

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O assunto não é novo e centenas de milhares de trabalhadores dos Correios (Postalis), Petrobras (Petros), Caixa Econômica Federal (Funcef) e Banco do Brasil (Previ) estão pagando a conta. Além de receberem uma aposentadoria menor, precisam pagar mais.

Quem assistiu “Cassino”, filme de Martin Scorsese, provavelmente se lembra que um esquema semelhante ocorria na trama. O protagonista Ace, interpretado por Robert De Niro, tomava conta de um cassino. E muito bem. O negócio era altamente lucrativo. Os chefões de Ace desviavam dinheiro do fundo de pensão de caminhoneiros para aplicar no cassino, nomeando como chefe deste fundo de pensão alguém da confiança deles.

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E o PT fez exatamente o mesmo. Alterou um decreto para que não fosse mais exigência ter tempo de carreira nas estatais para ocupar o cargo de diretor desses fundos de pensão. Começou então a esbórnia. A diferença é que os mafiosos do Cassino mais parecem trombadinhas amadores perto do que essa quadrilha fez no nosso país, se compararmos o montante desviado, a variedade de esquemas e o prejuízo.

Os desvios eram feitos através dos Fundos de Investimentos em Participações (FIPs). A regra é que os fundos de pensão não podem deter mais do que 25% desses FIPs. As empresas então superfaturavam o valor dos ativos, para que uma quantia maior do fundo de pensão, acima desses 25%, fosse usada em aplicações.

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Um dos investigados mostra bem o que acontecia. A Sete Brasil era uma empresa que mal saiu do papel e recebeu R$ 3,3 bilhões de três fundos. Através dos FIPs, foram adquiridos títulos da dívida da Argentina (na época em que a presidente Kirchner claramente prometia calote) e da Venezuela (sem comentários). Resumindo: investimentos arriscados, que não davam retorno e claramente eram instrumentos de benefício particular. Incompetência e corrupção.

Uma manchete da revista Carta Capital, do dia 5 de novembro de 2011, dizia que “nos próximos anos, os fundos de pensão e fundos de investimento em geral serão o grande motor do desenvolvimento brasileiro. Há uma revolução em curso”.

O rombo nos fundos de pensão é a face amarga da grande contradição em que se encontra o projeto de governo do PT e seus simpatizantes. Quem vai pagar a conta de tudo isso são trabalhadores e aposentados.

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1 Comentário

  1. Danillo disse:

    Oi Talita, bom dia!

    Parabéns pelo post, o que essa quadrilha fez com o Brasil é inaceitável.

    Abs,

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